Se você já leu o texto “Quando crescer, vou ser… paleontólogo!” na CHC 127 e ficou animado para seguir a profissão, aposto que vai ficar ainda mais inspirado ao ler a notícia de hoje. Kevin Terris, um adolescente norte-americano comum como eu e você, encontrou, por acaso, um fóssil de 75 milhões de anos.
A importante descoberta foi levada para o Museu de Paleontologia Raymond M. Alf, em Utah, nos Estados Unidos. Lá, o material foi analisado por especialistas, que descobriram se tratar de um bebê dinossauro da espécie parassaurolofo.
Segundo Andrew Farke, curador do museu e líder da pesquisa, o animal tinha menos de um ano quando morreu. Os cientistas sabem disso porque não encontraram marcas em forma de anéis nos ossos do animal. “Cada marca corresponde a um ano. O parassaurolofo descoberto ainda não tinha ganhado nenhuma marca”, explica Andrew.
O fóssil descoberto por Kevin estava muito bem conservado, possivelmente porque foi enterrado logo depois que morreu. “Assim, a carcaça acabou ficando livre de parasitas, do vento, da chuva e de outras forças que poderiam ter destruído os ossos”, conta Andrew. A descoberta foi tão impressionante que o dinossauro ganhou até nome: Joe.
A espécie de Joe é conhecida pela crista comprida, voltada para a parte de trás da cabeça. No entanto, o filhote fóssil pareceu bem diferente quando comparado à versão adulta da espécie. “A crista de Joe ainda estava começando a aparecer”, ressalta o especialista.
A partir do estudo deste fóssil, os cientistas podem conseguir novas informações sobre o crescimento dos dinossauros. Por exemplo, sabe-se que a crista dos parassaurolofos era usada para a comunicação. “Como Joe ainda não tinha uma crista formada, isso pode significar que os bebês usavam outras formas de se comunicar com os adultos, até que as cristas crescessem”, reflete Andrew.