Você sabia que qualquer pessoa pode ser parceira da ciência?
Existem cientistas interessados em espécies raras, mas que não sabem nem onde nem como encontrá-las. Outros querem estudar um fenômeno natural que não tem dia certo para acontecer, como a floração de uma espécie de planta ou a queda de meteoritos. Questões como essas fazem os pesquisadores ficarem de cabelo em pé, pois eles não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Não seria o máximo se eles tivessem várias pessoas para ajudá-los a monitorar a biodiversidade e os fenômenos da natureza?
Pois é exatamente isso que está acontecendo em diversas áreas da ciência. Pessoas que não são cientistas se oferecem para participar de pesquisas e ajudar a coletar dados que os pesquisadores profissionais dificilmente conseguiriam descobrir sozinhos. Essa parceria entre cientistas e amadores se chama ciência cidadã.
Graças ao uso de tecnologias, como a internet e aplicativos para celular, esse tipo de pesquisa tem se tornado comum no mundo todo. Esses estudos incluem, por exemplo, o acompanhamento de espécies migratórias, que viajam pelo planeta, como aves, tartarugas e baleias; a epidemia de doenças infecciosas; o acompanhamento das mudanças climáticas; e a busca por espécies raras. Em um estudo recente na Argentina, que buscava encontrar o raro sapo-de-chifres, moradores da zona rural ajudaram os cientistas a aumentar quase dez vezes o número de locais em que a espécie era conhecida anteriormente.
No Brasil, várias pesquisas se desenvolvem também pela participação popular e pela coleta de dados científicos por pessoas que não são cientistas profissionais. Há, por exemplo, estudos de levantamento de espécies de aves e mamíferos, de monitoramento de abelhas e outros polinizadores e até o registro de atropelamentos de animais silvestres nas estradas.
Anna Elise
Adorei o projeto!