Imagine a seguinte situação: você chega na escola depois das férias, um novo colega vem se apresentar e, assim que ele pronuncia as primeiras palavras, você percebe que ele gagueja. Será que ele está nervoso, com medo, tímido ou envergonhado? Afinal de contas, é o primeiro dia em uma nova escola, e qualquer pessoa pode se sentir um pouco insegura e ansiosa, não é mesmo? Mas os dias vão passando e esse colega continua gaguejando. Ora, se já fez novos amigos e a ansiedade do primeiro dia de aula não existe mais, por que a gagueira não acabou?
A gagueira é um distúrbio da fluência da fala. A pessoa gaga não completa com facilidade uma palavra ou tem tendência a repeti-la enquanto fala, demonstrando dificuldade para se expressar. Isso pode ser explicado por questões psicológicas e até mesmo por traumas que as pessoas que gaguejam sofreram. Mas, existem pessoas que gaguejam desde muito pequenas, e, nesses casos, a explicação pode ser genética!
Diversos cientistas estudam como a fala é produzida e tentam entender por que algumas pessoas não conseguem falar com facilidade. Já se sabe, por exemplo, que a gagueira afeta mais os meninos do que as meninas. Outra descoberta interessante é que o mau funcionamento de uma estrutura que temos no cérebro chamada gânglios da base – que, entre outras funções, é responsável pelo movimento dos músculos que produzem a nossa fala – pode contribuir para o fato de gaguejar.
É muito importante que quem não sofre de gagueira contenha o impulso de completar as palavras ou frases da pessoa que gagueja. Isso gera mais estresse e insegurança, pode também causar constrangimento e fazer com que a pessoa evite falar ou fazer amizade.
Muitas vezes, as pessoas que gaguejam desenvolvem comportamentos associados, impulsos que não conseguem controlar, como piscar, estalar a língua, desviar o olhar, fazer movimentos com a cabeça… Isso acontece quando a pessoa sente que está perdendo o controle por não estar conseguindo falar sem gaguejar.
Por isso, é muito importante ser paciente com a dificuldade do outro. Afinal, todos somos diferentes e igualmente especiais! Se cooperamos uns com os outros, tudo fica mais fácil!
Priscilla Oliveira Silva Bomfim
Núcleo de Pesquisa, Ensino, Divulgação e Extensão em Neurociências (NuPEDEN)
Universidade Federal Fluminense
Sou uma pesquisadora apaixonada pelo cérebro e adoro estudar sobre esse órgão fascinante!
Matéria publicada em 01.03.2024
Rodrigo Modesto dos Santos
Eu gostei muito pq antes eu não sabia que os gagos n faziam isso pq quer e um monte de gente que vai fazer a apresentação e gagueja as outras pessoas começam a rir e isso foi bom pra mim pq eu gostei era uma dúvida agora eu sei e isso é um aprendizado pra todos gostei muito desse texto
Nome: Rodrigo Santos
Idade:11
Cidade: fortaleza
Priscilla Oliveira Silva Bomfim
Que bom que gostou, Rodrigo. Fico feliz!
Um abraço,
Priscilla Bomfim