Alfred Wallace, o outro pai da evolução

Alfred Russel Wallace nasceu em Usk, Inglaterra, em 8 de janeiro de 1823. Alguns anos depois, mudou-se com sua família para Hertford, onde recebeu sua única educação formal. Com a família empobrecida, deixou a escola aos 14 anos para trabalhar com um irmão na medição de terrenos no interior da Inglaterra.

(Foto: Wikimedia Commons)

O contato com a natureza despertou seu gosto por colecionar plantas e sua vocação de naturalista. Porém, em 1843, Alfred teve de abandonar o trabalho de medição de terrenos e foi dar aulas de desenho, inglês e aritmética em uma escola – sem, é claro, deixar de lado a paixão pela natureza. Neste período, estudou autores importantes de história natural como Charles Darwin, Alexander Von Humboldt e Charles Lyell.

No final de 1847, decidiu partir para a Amazônia para coletar animais e plantas e tentar entender como ocorre a evolução dos seres vivos. Retornou à Inglaterra em 1852, e pouco depois partiu para a Indonésia, onde permaneceu por oito anos e realizou importantes trabalhos sobre a biogeografia – estudo sobre como os animais e plantas estão distribuídos geograficamente.

Já de volta à Europa, casou-se em 1866 com Annie, filha de seu amigo botânico William Mitten. Tiveram três filhos.

Ao longo de sua vida, Alfred escreveu cerca de 700 artigos científicos e 22 livros sobre uma variedade grande de assuntos e contribuiu fortemente para a divulgação da teoria da seleção natural. Dedicou-se também ao espiritualismo e teve uma intensa ação social, em defesa da reforma agrária, do pacifismo e dos trabalhadores.

Recebeu muitas condecorações por suas contribuições científicas, entre elas a Ordem do Mérito da monarquia britânica, a honra mais elevada concedida a um civil.  Permaneceu ativo até sua morte, aos 91 anos, no dia 7 de novembro de 1913.