Quem já se queimou sabe o quanto isso pode doloroso, e como dá trabalho cuidar do ferimento que fica! O tratamento, porém, pode ficar mais fácil e barato com um curativo criado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas. Ele é feito com substâncias químicas especiais e pele suína. Ficou curioso? Então vamos entender como isso funciona!
![alem-do-curativo-01 Curtativo feito a partir de pele de porco](http://chc.org.br/wp-content/uploads/2012/11/alem-do-curativo-01-600x428.jpg)
No Brasil, aproximadamente um milhão de pessoas se queimam por ano, e dois terços delas são crianças. O novo curativo pode tornar o tratamento de queimaduras mais barato e menos doloroso (Foto: Giselle Cherutti)
Quando acontece uma queimadura, a orientação dos médicos é lavar o local com água corrente e correr para um posto de saúde o mais rápido possível. Na maior parte dos casos, o procedimento indicado é fazer um curativo no local e trocá-lo de tempos e tempos. Esse processo pode ser caro e trabalhoso – alguns pacientes precisam até de cirurgia.
Pensando em como facilitar o tratamento, a bióloga Giselle Cherutti desenvolveu um dispositivo que não precisa ser trocado. Ele é feito de compostos químicos especiais que, além de proteger o local contra infecções, são pouco a pouco absorvidos pelo organismo, dispensando as cirurgias feitas para remover os curativos comuns.
![porco Porco](http://chc.org.br/wp-content/uploads/2012/11/porco-600x372.jpg)
Você sabia que a pele dos porcos é bastante parecida com a dos humanos? Graças a essa semelhança, esses animais podem nos ajudar a tratar queimaduras (Foto: Wikimedia Commons)
Outro ingrediente fundamental para o novo tratamento é a pele de porco, que ajuda na regeneração do local queimado. “A derme suína foi escolhida porque sua composição é 78% compatível com a nossa”, conta a cientista. Ela usou a camada mais porosa da pele do animal, que ajuda na regeneração da pele humana e, por suas características flexíveis, garante mais conforto ao paciente.
O novo curativo é também mais barato que os atualmente usados nos hospitais, além de trazer menos risco de rejeição. Porém, como está em fase de testes, o tratamento deve levar um tempo para chegar aos hospitais. Para terminar, não preciso nem dizer, né? O melhor remédio ainda é a prevenção. Todo mundo longe das panelas quentes, por favor!