Foi ao ver Diná apreciando sua beleza em um espelho que Rex teve a idéia de surpreender a amiga.
O dinossauro conhecia um jeito de fazer o nome de alguém ou outra palavra aparecer em um espelho, dando um susto em que estivesse olhando o seu reflexo!
Mas, para fazer a brincadeira, Rex precisava de ajuda. Então, chamou Zíper. O zangão ficou encarregado de trazer um espelho, um lápis com borracha na ponta, uma flanela ou um pedaço de tecido macio. Com tudo à mão, o dinossauro explicou seu plano:
— Com a borracha, escrevemos “Diná” no espelho. Mas, como as letras ficarão visíveis, vamos passar a flanela ou outro tecido nele, com cuidado e devagar, para tirar o excesso de borracha. Quando não der mais para ver as letras, o espelho estará pronto para ser usado no truque!
Zíper seguiu as instruções à risca e, em instantes, o espelho estava como manda o figurino. Só que o zangão teve uma dúvida!
— Ô, Rex, mas me diga: como é que o nome da Diná vai aparecer?
— Ah, meu pequeno amigo zangão… Para saber a resposta, observe!
Rex se aproximou de Diná, que, a essa altura, já tinha largado o espelho.
— Diná, que bom encontrar você aqui!
— Oi, Rex! O que você faz por essas bandas? Aprontando alguma? — perguntou ela, com um sorriso maroto no canto da boca.
— Não, imagina… Eu só queria contar a você algo que descobri! Em um dia frio, a gente pode lançar, pela boca, uma baforada de ar nas mãos para aquecê-las, não é? Pois bem! Sabia que caso a gente faça isso sobre um espelho, ele fica embaçado?
— Ah, dinossauro, todo mundo sabe disso! O ar que soltamos pela boca contém vapor d’água. Ao entrar em contato com a superfície do espelho — que, em geral está mais fria do que o ar expirado –, esse vapor d’água condensa, ou seja, passa do estado gasoso para o líquido, formando pequenas gotas d’água, que embaçam o espelho.
— Puxa, Diná, mostre, então, como tudo acontece, usando esse espelho aqui!
— Nossa, esse espelho é mágico?
Rex estava prestes a dizer que sim, quando Zíper chegou, dizendo:
— Que nada, Diná! Rex sabia de tudo o que você contou para ele e mais: que a condensação do vapor d’água não ocorreria onde estivessem escritas as letras com borracha. Isso porque a condensação acontece com mais facilidade sobre alguns materiais do que sobre outros: sobre os resíduos de borracha, por exemplo, é mais difícil que ela ocorra. Diante disso, ele pensou em brincar com você, que se olhava toda prosa no espelho!
A ‘dinossaura’ ficou radiante ao saber que Rex estava prestando atenção nela até poucos instantes atrás. Não sei se foi por isso que elogiou a brincadeira, dizendo que era muito criativa. Mas você pode tirar a prova testando-a com seus amigos! Será que ela fará sucesso? Para descobrir, siga os passos de Rex e Zíper!
Dicas
Você pode usar uma borracha qualquer em vez de um lápis com borracha na ponta. Também pode misturar bem pouco detergente com água, mergulhar a ponta do seu dedo na solução e escrever com ele a mensagem no espelho. Nesse caso, espere-a secar e, caso as letras estejam visíveis, passe um pano macio sobre o espelho até que elas praticamente não possam ser vistas! Ah! Sua família agradece se você, depois da brincadeira, deixar o espelho limpo, lavando-o com detergente ou sabão!