Você conhece a chinchila? É aquele animal bem fofinho que algumas pessoas têm de estimação em casa. Nativos aqui do nosso continente – a América do Sul –, esses roedores são muito agitados e adoram fazer exercícios e explorar o mundo. Muito parecidos com a gente aqui da CHC!
Agora olhem que legal: um grupo de paleontólogos descobriu o fóssil da chinchila mais velha do mundo! Ela foi descoberta no vale de um rio nos Andes do Chile, onde antes havia uma cadeia de vulcões.
Segundo o geólogo e geofísico John Flynn, do Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos, o fóssil tem pelo menos 32,5 milhões de anos. O achado, além de dar pistas sobre a história das chinchilas, pode indicar que na região onde foi encontrado já existiam pastagens de grama, o que não se podia comprovar até então.
John explica que o fóssil de chinchila se tornou uma importante evidência disso porque tinha dentes bem parecidos com os dentes de outros mamíferos que pastam, como a vaca. Esses animais são chamados de hipsodontes e sua principal característica são os dentes molares bem desenvolvidos e com crescimento contínuo.
“A nova descoberta aponta para a primeira aparição de habitats secos e abertos, que podem ter sido as mais antigas pastagens do mundo”, conta John. As chinchilas pré-históricas, ao que tudo indica, se alimentavam de pastos assim como a vaca, a cabra e o cavalo.
Não pense, porém, que você pode pegar um punhado de grama do seu jardim e dar para a sua chinchila de estimação comer. As espécies de chinchilas modernas têm um sistema digestório bastante sensível e só podem ser alimentadas com ração própria – a antiga espécie de chinchila, já extinta, era adaptada a outro tipo de habitat, parecido com a savana.
“É provável que estas espécies pré-históricas tenham vivido também em outras partes da América do Sul”, completa o paleontólogo americano Darin Croft, da Universidade Case Western Reserve. Quem sabe a tatatatataravó da sua chinchila de estimação não passou aqui pelo Brasil?