Desde a Antiguidade, os animais despertam a atenção de todos. No antigo Egito, por exemplo, algumas grandes espécies, como a girafa, faziam parte das coleções de bichos dos poderosos faraós – os reis daquele lugar. Os animais eram capturados e expostos para a corte. Esse costume permaneceu, mesmo com a passagem do tempo. Porém, a visitação aos bichos ganhou outras características.
A partir do século 18, ambientes destinados à preservação de animais e à sua visitação foram criados. Era o início dos primeiros zoológicos no mundo, sendo que, no continente americano, o pioneiro foi o da cidade de Nova York, nos Estados Unidos. No Brasil, a história dos zoológicos teve início por volta de 1895, com a abertura do Museu Emílio Goeldi, em Belém, no Pará. Mas só em 1945 outros estados se mobilizaram para abrir seus próprios zoológicos. O Rio de Janeiro foi o primeiro, seguido de São Paulo, Porto Alegre e Brasília. Hoje, cerca de 120 zoológicos estão em pleno funcionamento, distribuídos por todo o país!
Com o aumento do número dessas entidades, em 1977 foi criada a Sociedade de Zoológicos do Brasil (SBZ), que trabalha para que os zôos brasileiros não sejam somente um lugar para exposição de animais, mas também para estudo e conservação da fauna, além de uma opção de lazer para a população. “Não temos dúvida de que, a cada dia, os zôos vão se tornar mais modernos, transformando-se cada vez mais em verdadeiras salas de aula a céu aberto”, conta Luiz Antonio da Silva Pires, diretor de comunicação da SBZ e do Parque Zoológico Municipal de Bauru, em São Paulo.
De fato, os zôos têm diferentes funções a cumprir, sendo a educação ambiental a mais importante delas. “Ao observar os animais ali, ao vivo, tendo a oportunidade de aprender sobre eles, as pessoas, sejam crianças ou adultos, gravam aquelas imagens e aqueles momentos na memória de uma forma muito mais eficiente do que se aprendessem em uma sala de aula”, afirma o médico veterinário Carlos Eduardo Verona, do Instituto Brasileiro para Medicina da Conservação e da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz.
Mas se você não deixa de ficar com pena dos bichos ao vê-los entre as grades de uma jaula, saiba que a tendência atual é que os zoológicos tenham uma preocupação cada vez maior com o bem-estar das espécies, o que implica saber detalhes sobre elas. “Com este pensamento, os zoológicos mais modernos e com mais recursos financeiros procuram hoje criar ambientes em cativeiro que dêem a impressão para o público de que os animais estão soltos, além de tentarem reproduzir cenários de seus ambientes naturais”, diz Carlos Eduardo.
Segundo dados da SBZ, 20 milhões de pessoas visitam anualmente os cerca de 60 mil animais mantidos nos zoológicos brasileiros. Se você é um desses que adora esse tipo de passeio, preparamos uma pequena lista de páginas com informações sobre zôos que já caíram na grande rede mundial de computadores. Divirta-se!
Zoológicos por todo o país
Fundação Riozoo – RJ
Fundação Parque Zoológico de São Paulo – SP
Parque Regional do Iguaçu – PR
Jardim Zoológico de Salvador – BA
Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi – PA
Baseado em texto de Luiz Antonio da Silva Pires, diretor de comunicação da SBZ e do Parque Zoológico Municipal de Bauru, em São Paulo.