Em um dia de inverno, Gustavo acordou com dor de cabeça, garganta inflamada, febre alta, espirrando e tossindo sem parar. Sua mãe sentenciou: “É gripe!”. O pai de Gustavo foi mais cauteloso “Que nada, não passa de resfriado…”. Aí, o menino ficou embaralhado. “Ué, e tem diferença?”, pensou. Mal sabe Gustavo que gripe e resfriado não são a mesma coisa, embora compartilhem algumas características.
Os vírus que afetam as vias respiratórias – como o nariz e a garganta – são muitos e têm nomes complicados: rinovírus, vírus sincicial, influenza, parainfluenza… “O influenza A e o B, com seus subtipos, causam a gripe. Todos os outros são responsáveis por resfriados e outras infecções respiratórias”, explica a médica Clélia Aranda, da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
Para nós, a diferença principal entre gripe e resfriado é a intensidade dos sintomas. Se, em um dia, você começou a espirrar, no outro, sua garganta doía e, depois, apareceu tosse e um pouco de febre, saiba que isso pode ser apenas um resfriado. Ele vem “aos poucos” e seus sintomas são mais brandos. Na gripe, as dores são mais fortes, temos febres mais altas e o vírus ataca de uma vez. De um dia para o outro, ficamos gripados. Foi o que aconteceu com Gustavo!
É do inverno que eles gostam mais
Vale lembrar que, de tão pequenos, os vírus só são vistos com a ajuda de um microscópio, mas circulam entre as pessoas por todo o ano. É no inverno que temos mais chance de entrarmos em contato com eles, porque, para nos protegermos do frio, ficamos com mais frequência em ambientes fechados e não-ventilados, o que facilita a contaminação. A mudança de temperatura também enfraquece nosso corpo, que não consegue combater tão bem esses invasores. Quando estamos infectados e tossimos ou espirramos, liberamos no ar gotículas com os vírus, que podem chegar a outras pessoas.
Aliás, sabia que os cientistas ficam de olho, durante o ano, nos vírus que causam as gripes mais fortes, o influenza A e o B? Isso porque o influenza A já provocou epidemias, matando milhares de pessoas, pois é capaz de sofrer mutações: alterações, mudanças. Neste ano, ao observar o vírus para saber como ele estava se comportando, os pesquisadores descobriram um tipo novo: o da gripe A/H1N1, causada por uma mutação do influenza A. Para tentar evitar que ela se espalhe, escolas no Brasil adiaram a volta às aulas após as férias. Se você é aluno, clique aqui e saiba mais sobre a doença!