Você fala baleiês? Pergunte a uma baleia e você vai descobrir que elas amam sopa de plâncton. O “arroz com feijão” das baleias, esses animais tão enormes e comilões, são esses organismos muito pequenininhos – pouco maiores que uma cabeça de alfinete –, que flutuam próximo à superfície do mar.
O plâncton é dividido em fitoplâncton (vegetal) e zooplâncton (animal). O primeiro grupo inclui microalgas fundamentais para a existência da vida em qualquer ambiente aquático.
Como outras plantas, elas realizam fotossíntese (saiba mais na CHC 153) e, assim, ajudam a retirar o gás carbônico – conhecido como vilão do aquecimento global – do ar e manter a estabilidade do clima. Também por meio da fotossíntese, o fitoplâncton é responsável pela produção de parte do oxigênio que nós e outros animais respiramos.
Já o zooplâncton marinho é constituído por muitos tipos de organismos, desde pequenos peixes a microcrustáceos como os copépodos – nome curioso que vem do grego e significa “pés com remo”. Cientistas acreditam que existem mais copépodos nos oceanos do que qualquer outra forma de vida na Terra!
Alguns organismos marinhos passam a vida (ou parte dela) flutuando no plâncton. Um exemplo são as larvas de lagostas, caranguejos e moluscos, que só vão viver no fundo dos oceanos quando adultas.
Além de servir para alimentar baleias, o plâncton também é alimento para larvas de peixes e, assim, garante a abundância e diversidade de espécies desses animais. Quem diria que seres tão pequenos têm uma importância tão grande? Mais uma prova de que tamanho não é documento!
Observação do plâncton
Da próxima vez que for à praia, aproveite para observar o plâncton! Você vai precisar de um lenço de tecido ou um pedaço pequeno de malha. Passe o pano na superfície da água, como se fosse um coador. Depois, despeje o conteúdo em um copo de vidro. Você vai se surpreender ao ver quantos organismos estarão se movimentando em uma quantidade tão pequena de água. O plâncton é mesmo de arregalar os olhos!