Elas se movem devagar, são pegajosas e podem ser super coloridas. Estou falando das salamandras! Até pouco tempo, os cientistas haviam encontrado apenas dois tipos diferentes desses anfíbios na Amazônia brasileira. Recentemente, um grupo de pesquisadores brasileiros descobriu três novas espécies desses bichos. Quer conhecê-las?
Diga alô a Bolitoglossa caldwellae, Bolitoglossa madeira e Bolitoglossa tapajonica. Segundo o biólogo Selvino Neckel de Oliveira, da Universidade Federal de Santa Catarina, as três são encontradas em locais de floresta muito úmidos, geralmente na vegetação à margem de riachos.
“Elas fazem ninhos em buracos ou ocos de árvores, onde a fêmea cuida dos ovos até nascerem os filhotes”, explica o pesquisador. Selvino e colegas coletaram 278 salamandras na floresta e observaram que não existiam apenas duas espécies, como se pensava, mas cinco. As três novatas se diferenciam, principalmente, pelo tamanho, podendo variar em média de seis (B. caldwellae) a dez centímetros (B. madeira) de comprimento (do rosto até a ponta da cauda).
Depois da descoberta, os pesquisadores estão se empenhando para verificar o tamanho populacional das espécies e, claro, procurar outros tipos de salamandra ainda desconhecidos. Outra preocupação é a preservação das espécies.
“Todas são afetadas, de alguma forma, pelas ações humanas e perda de hábitat natural”, alerta a zoóloga Isabela Brcko, do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ela explicou que as salamandras são supersensíveis às mudanças climáticas e só vivem em lugares com ótimas condições ambientais.