A cauda de uma serpente tem início após a cloaca. Em algumas espécies, a cauda é bastante curta. Já em outras, a cauda é tão ou mais comprida que o restante do corpo. Observando isso, um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos se perguntou: as serpentes arborícolas – aquelas que passam a maior parte do tempo sobre as árvores – possuem caudas mais longas que as serpentes não arborícolas?
Para tirar essa dúvida, os cientistas examinaram muitas cobras, algumas vivas, mas a maioria preservada morta em museus para pesquisas. No total, foram mais de 200 espécies diferentes que ocorrem ao redor do mundo. Com isso, os pesquisadores descobriram que as serpentes que costumam subir em árvores ou que passam a maior parte do tempo lá em cima possuem uma cauda em média três a quatro vezes maior que as serpentes que ficam mais no chão ou na água.
Como, na ciência, uma resposta sempre leva a novas perguntas, veio a questão: que vantagem uma cauda longa traz a uma serpente arborícola?
A resposta está na circulação sanguínea. Quando as serpentes estão na posição vertical escalando algum galho, a força da gravidade torna mais difícil o sangue chegar até o cérebro e o coração. A cauda mais longa das serpentes arborícolas possui mais vasos sanguíneos, que ajudam o sangue a circular melhor pelo corpo enquanto o animal está pendurado em galhos e troncos. Assim, a vida nas alturas fica bem mais confortável!