Nas cidades vive pouco mais da metade da população humana do planeta. É, você não leu errado, me-ta-de! Embora esses ambientes construídos ocupem uma pequena parte da superfície terrestre (3%), esse percentual pode aumentar já que cada vez mais pessoas ocupam esses espaços todos os dias, acumulando problemas bem grandes. Mas, afinal, o que são cidades?
Cidade ou ambiente urbano é um espaço geográfico construído pelos seres humanos, com grande concentração de pessoas morando nele. Nesses locais se desenvolvem diferentes atividades, como comércio e indústria, além de práticas educativas, culturais e religiosas.
Mas, as cidades, por mais interessantes e fascinantes que possam parecer, por sua beleza, luzes e agitação, oportunidades de emprego, entre outros atrativos, são também responsáveis por enormes impactos ambientais. Trazem prejuízo para a qualidade de vida dos seres humanos e de outras espécies também! De forma resumida, podemos dizer que são cinco os principais problemas ligados aos centros urbanos:
A transformação do ambiente natural em áreas construídas traz consequências ambientais sérias. Por quê? Ora, estamos transformando um solo com nutrientes e capaz de absorver água (ou seja, um solo natural) em uma superfície de concreto ou asfalto sobre a qual se erguem diversos tipos de construções, como prédios e ruas. O excesso de áreas construídas acaba sendo responsável direto por todos os outros impactos ambientais, como as mudanças climáticas, as alterações no ciclo da água e a ameaça à sobrevivência das espécies.
A transformação do ambiente natural em um ambiente construído sempre provoca a perda de espécies. Muitos animais, plantas e fungos não estão adaptados às condições ambientais das cidades, como maior temperatura, menor disponibilidade de água e poluição do solo, água e ar. Com isso, muitos desses seres vivos morrem. E mesmo os organismos que conseguem sobreviver no ambiente urbano enfrentam grandes desafios, como encontrar abrigo, alimento e sobreviver à competição com espécies domesticadas, as que já estão acostumadas com o ambiente fora da natureza, como cachorros, gatos e plantas ornamentais.
Edinalva Santana de Sousa
Tércio da Silva Melo
Pós-Graduação em Conservação e Manejo da Biodiversidade
Universidade Católica do Salvador