No final de março de 2014, a comunidade astronômica mundial estava atenta a um pronunciamento liderado por um pesquisador brasileiro: Felipe Braga-Ribas, do Observatório Nacional do Rio de Janeiro. Ele liderou uma grande equipe internacional de cientistas que tinha por objetivo acompanhar a passagem de um asteroide de 250 quilômetros de extensão na frente de uma estrela.
Observando essa passagem, eles poderiam ter informações detalhadas sobre esse corpo celeste, que pertence à família dos Centauros – asteroides que estão situados entre as órbitas de Urano e Saturno. O estudo, porém, rendeu uma grande surpresa: os cientistas detectaram anéis em torno do asteroide.
Até então, ninguém imaginava que isso seria possível em um corpo celeste pequeno, mas apenas em corpos maiores, como planetas. A notícia causou um bafafá!
Foram descobertos dois anéis, de três e sete quilômetros de largura, separados por uma distância de nove quilômetros. Eles foram apelidados informalmente de Oiapoque e Chuí, os dois rios que limitam o Brasil a Norte e a Sul.
E tem mais: os astrônomos acreditam que, se um corpo celeste tem anéis, é provável que tenha também um satélite. Já imaginou o que isso significa? Que bonito seria estar em um corpo destes, vendo dois grandes anéis a uma distância 1000 vezes menor do que vemos a nossa Lua, e ainda com a possibilidade de uma ou mais luas…