Minha letra sempre foi horrível – já levei até bronca de um professor que teve muita dificuldade para ler uma prova minha. Então, vocês podem imaginar que, sempre que preciso escrever alguma coisa, corro para o computador!
Todas as crianças aprendem, na escola, a escrever em letra cursiva, e só com muita prática as letras começam a sair caprichadas. Isso toma tempo dos alunos e dos professores – por isso, em alguns lugares do mundo, como os Estados Unidos, especialistas em educação discutem se é realmente necessário aprender a escrever dessa maneira, em um mundo onde os teclados de computadores são cada vez mais comuns. O que você acha?
Há muito tempo os homens já desenhavam nas paredes das cavernas, mas a escrita, ou seja, representação gráfica de sons da fala, veio bem depois. Os primeiros registros datam de 3.500 anos antes da nossa era e foram produzidos pela civilização suméria, que vivia na Mesopotâmia – região que ocupa parte do atual Iraque.
De lá para cá, os homens vêm escrevendo em bambus, papiros, pergaminhos e papéis. A escrita foi vista como mágica e perigosa, mas também como poderosa ferramenta para guardar a verdade – em processos judiciais, por exemplo, passou a valer a palavra escrita em vez da palavra falada.
Mesmo nesses tempos remotos, podemos considerar que a escrita já era uma tecnologia, porque significava tomar algo externo ao nosso corpo para desempenhar certa função – a de registrar pensamentos, discursos, acontecimentos. Tintas e penas, lápis e canetas de vários tipos um dia foram consideradas inovações tecnológicas!
Ao longo do tempo, os instrumentos da escrita já mudaram muito. E não me admiraria se, em um futuro próximo, nós deixássemos lápis e papel para trás e passássemos a usar somente computadores, tablets, celulares. Mas eu com certeza sentiria falta de cadernos, lápis, lapiseiras e blocos de anotações. E os cadernos escolares, então? Como serão os adultos de amanhã, sem os cadernos da adolescência? Sei não. Talvez um pouco de nostalgia não faça mal.