Olhe ao seu redor, bem aí dentro da sua casa. O que, no seu quarto, na sua cozinha ou na sua sala gasta energia? Computador, geladeira, televisão, ventilador, telefone celular, lâmpadas… Se você sair de casa e for dar uma volta, verá muitos outros exemplos: sinais de trânsito, escadas rolantes, esteiras de fábricas. Todas essas máquinas – e tantas outras presentes no nosso dia a dia – precisam de energia para funcionar, e essa energia precisa vir de algum lugar.
Muitas fontes de energia são (teoricamente) renováveis, isto é, não se esgotam, pois o que quer que tenha permitido extrair energia depois de algum tempo retorna à situação original, retirando energia de algum outro lugar. É assim, por exemplo, com os dínamos de faróis de bicicleta.
A energia elétrica que acende a lâmpada do farol da bicicleta é gerada pelo movimento da roda de trás da bicicleta. Ela transmite o movimento para uma engrenagenzinha que gira um ímã no gerador que existe no interior do dínamo. De onde a roda tira a energia para girar o dínamo? Da sua perna, ao pedalar. E como a sua energia chegou a você? Ora, por meio da alimentação.
A energia que agora move seu corpo estava armazenada nas ligações químicas das moléculas do alimento que você ingeriu, e foi colocada lá durante a fotossíntese, um processo em que as plantas usam a energia irradiada pelo Sol na forma de luz. Se você parar para pensar, a energia usada para acender o farol da bicicleta à noite começou com a luz do Sol, que você conseguiu fazer chegar até ali de uma forma bem complicada.
Nas usinas hidrelétricas, o mecanismo também é parecido. Usamos um desnível num rio para obrigar a água a descer em velocidade e fazer girar as pás de uma turbina, que, por sua vez, fazem girar um ímã semelhante ao do gerador do dínamo da bicicleta, só que muito, muito maior. Ele produz a eletricidade, que é conduzida por fios até as nossas casas, ruas, estradas e fábricas.
Também é o Sol que permite manter funcionando essa engrenagem: é ele quem provoca a evaporação da água dos rios e oceanos. Com isso, surgem nuvens que levam a água de novo para o alto das montanhas na forma de chuvas que alimentam as nascentes dos rios que vão fazer funcionar as usinas hidrelétricas. Da mesma forma, o Sol permite a existência de vários outros mecanismos para gerar energia.
Felizmente, poderemos contar com a energia do Sol por vários bilhões de anos ainda, e essas fontes de energia vão continuar alimentando nossas casas, ruas e cidades. Porém, nem toda a energia que produzimos e usamos vem de fontes renováveis. Nossos estoques de petróleo e carvão mineral, por exemplo, levaram muito tempo para se formar e, se esgotarem, não será possível acumulá-los novamente – este é um dos principais problemas relacionados à produção e ao uso de energia, cada vez mais intenso na atualidade.