Sabe aquele choque que o chuveiro elétrico às vezes nos dá? O do raio é parecido, mas em uma escala extremamente maior. O raio é uma descarga elétrica de grande intensidade produzida pelas nuvens. A luz emitida pelo raio é o relâmpago, que faz com que as nuvens “pisquem” durante uma tempestade. Ao se propagar na atmosfera, a energia produzida aquece muito rapidamente o ar à sua volta. Este aquecimento causa uma enorme explosão sonora, o trovão, que pode ser ouvido a quilômetros de distância.
Os raios são formados no interior de nuvens de tempestade, as chamadas cumulonimbus. Essas nuvens são enormes: com extensão horizontal que pode chegar a centenas de quilômetros. Elas também podem alcançar entre 12 e 18 quilômetros de altura. O interior dessas nuvens é composto por gotinhas de água e cristais de gelo que se chocam continuamente. Isso eletriza a nuvem, fazendo com que ela se comporte como uma enorme bateria. A eletrização é tão intensa que é capaz de produzir uma descarga elétrica que cresce e se propaga dentro da nuvem, podendo muitas vezes atingir o chão – o raio, né?
Os raios que não tocam o solo são chamados intranuvem e são os mais comuns. Eles podem ficar dentro da nuvem o tempo todo, fazendo ela “piscar”, ou podem sair, resultando naqueles lindos desenhos que se formam no céu.
Os raios descendentes são aqueles que descem, ou seja, saem da nuvem e tocam o solo. São também os mais comuns de serem observados durante uma tempestade.
Já os raios ascendentes, os mais raros, não são gerados nas nuvens, e sim em estruturas muito altas, como as torres de telecomunicação, usinas eólicas e arranha-céus. Em vez de descer, eles sobem.
Matéria publicada em 01.03.2023
Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje das Crianças.