Se você é leitor da CHC, já sabe que o Wolverine, além de personagem de desenho animado, filmes e quadrinhos, é também um animal que vive no hemisfério norte. O que talvez não saiba é que esse mamífero, batizado pelos cientistas de Gulo gulo, está ameaçado de extinção nos Estados Unidos, um dos locais em que vive.
Um novo estudo mostra que o lar dos wolverines americanos pode sofrer grandes mudanças por causa da emissão excessiva dos chamados gases estufas, que contribuem para o aumento da temperatura da Terra e são produzidos pelo ser humano quando, por exemplo, queimamos combustíveis como o petróleo e o carvão.
Em território americano, os wolverines habitam regiões que são cobertas por neve durante a maior parte do ano e que têm temperaturas baixas também no verão. A pesquisa mostra que, devido às mudanças no clima, a neve branquinha, onde os wolverines fazem os ninhos para seus filhotes, pode derreter até desaparecer em algumas áreas.
“Os wolverines precisam que a neve dure todo o inverno e também a primavera para viver bem”, conta a cientista envolvida Synte Peacock. “É muito difícil que eles sobrevivam em temperaturas acima de oito graus Celsius, que é o previsto para a região.”
Os wolverines têm patas acolchoadas para ajudá-los a correr na neve gelada e seus pelos têm um óleo especial que os protegem do frio. Essas características, que hoje são tão úteis aos animais, podem se tornar um tormento se o clima esquentar.
Não se sabe ao certo quantos wolverines existem no mundo, mas os Estados Unidos são o lugar onde há menos desses animais. No Canadá, onde a natureza está mais preservada, ainda existem cerca de 15 mil wolverines.