“Eu sou muitos”. Já ouviu essa frase em algum lugar? Pois talvez esse seja o verso que melhor define Fernando Pessoa, um poeta português que foi admirado no Brasil antes mesmo de se tornar conhecido em sua terra natal. Ele tinha um jeito bem diferente de escrever e, em vez de assinar os poemas com seu nome verdadeiro, preferia inventar nomes. Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos… Ao todo, eram mais de 120 nomes! Que imaginação, hein?!
“Já foram descobertos 127 nomes usados por Fernando Pessoa”, conta Julia Peregrino, coordenadora da exposição Fernando Pessoa, plural como o Universo. “Ele criava outras personalidades para não se declarar abertamente. Alguém que tem a capacidade de escrever de uma forma diferente em cada um desses personagens é realmente especial”.
Imaginação e criatividade não faltavam ao autor. Fernando Pessoa gostava de escrever sobre sentimentos, filosofia e política, entre outros temas. Ao longo de seus 47 anos de vida, além de poemas, escreveu contos e ensaios e colaborou com várias revistas portuguesas.
Uma curiosidade: somente um livro de Pessoa foi publicado enquanto ele estava vivo. Depois que o poeta morreu, encontraram, em sua casa, um baú com milhares de textos guardados, que foram publicados aos poucos.
Nascido em 13 de junho de 1888, em Lisboa, Portugal, Fernando Pessoa se mudou, ainda criança, para a África do Sul. Lá ele passou toda a sua infância. Com apenas seis anos, começou a escrever e já demonstrava seu talento.
Quando se tornou adulto, voltou para Portugal e, além de ser escritor, também trabalhou como tradutor de cartas. Misterioso e tímido, acabou por nunca se casar. Teve apenas uma paixão, a Ofélia, para quem escreveu muitas cartas de amor.
Fernando Pessoa no Rio de Janeiro
Gostou de conhecer a vida e a obra desse grande poeta? Fernando Pessoa foi tema de uma exposição no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, em 2011. Confira o vídeo que a CHC fez por lá: