A personagem principal dessa história, uma menina muito perguntadeira, resolveu fazer ao seu pai um monte de perguntas sobre os povos indígenas do Brasil. Onde moram? Como vivem? O que gostam de fazer? O que gostam de comer? Ela descobriu tantas novidades…
Por exemplo: que os índios gostam de praticar esporte, de desenhar, de cantar e de dançar, como eu e você, mas de um jeitinho só deles. Existe um povo chamado Ashaninka – que vive parte no Brasil e parte no Peru – que adora fazer o desenho de uma cobra, aparentemente simples, mas que eles levam um dia inteiro para terminar. Por quê? Na cultura deles, se errarem o desenho, acredita-se que a tal cobra aparece para mordê-los. Uma forma bem doída de reclamar, não é?
Ser índio, explicou o pai, não é só ter costumes iguais ou muito diferentes dos nossos, andar pelado ou construir ocas. Ser índio é muito mais! É respeitar a terra em que se vive e os seus ancestrais, os índios que já morreram e que deixaram seus exemplos de vida.
Depois de tanta conversa, a menina descobriu também que todo brasileiro é um pouco índio… Que história é essa? Você descobre se acompanhar esse belo diálogo entre pai e filha!
Pai, o que é índio?
Texto e ilustrações de Pedro Sarmento
Viajante do Tempo Editora