Ele não é peixe nem é boi, mas um mamífero aquático que pode medir até quatro metros e pesar mais de 800 quilos. Seu lar são as águas das Américas, desde os Estados Unidos até o Brasil. Seu passatempo preferido é comer capim, o que lhe rendeu o apelido. Por ser muito dócil, o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) é presa fácil para caçadores e está ameaçado de extinção.
São comuns os casos de peixes-bois presos em redes de pesca ou capturados ilegalmente. Por isso, em Pernambuco, na Ilha de Itamaracá, funciona o Projeto Peixe-boi do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos. Lá, os animais apreendidos são identificados, tratados e, depois de um período de reabilitação, soltos de volta na natureza.
Se estiver por perto, você pode visitar essas fofuras e aprender mais sobre eles e outros mamíferos aquáticos! Um dos destaques do passeio é um cinema construído em forma de peixe-boi, onde se pode assistir a filmes e documentários sobre os bichos. Outra atração é a Xica, a mais velha peixe-boi em cativeiro do mundo, com 50 anos.
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A história dela é triste, mas teve final feliz. Ainda filhote, ela foi capturada por pescadores e passou a maior parte de sua vida dentro de uma pequena piscina na praça do Derby, em Recife.
Na praça, ela recebia das pessoas alimentos impróprios para sua espécie, como pipoca, e tinha pouco espaço para se locomover. Depois de viver tanto tempo espremida, Xica acabou ficando com uma deformação na coluna e teve a saúde comprometida.
Ainda bem que ela foi salva. Faz 21 anos que ela foi levada para o Projeto Peixe-boi, onde vive até hoje sob cuidados. Infelizmente, por ter passado muito tempo em cativeiro, ela não tem condições de viver sozinha na natureza e, por isso, não pode voltar para o mar. Pelo menos agora está sendo bem cuidada!
Projeto Peixe-boi
Ilha de Itamarcá (PE), ao lado do Forte de Orange
Aberto todos os dias, das 9h às 16h
Ingresso: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Escolas públicas não pagam
Informações: (81) 3544-1056