Entre os doze deuses do Olimpo vivia Héstia, a deusa da chama que nunca apaga. Protetora dos lares, das cidades, das famílias, suas chamas – consideradas sagradas entre os gregos antigos – vinham diretamente do Sol, o rei dos Astros.
Como forma de mostrar sua devoção, os gregos mantinham a tradição de acender suas lareiras e se reunir em torno delas, acreditando que assim guardavam parte do fogo sagrado de Héstia em suas casas. O fogo tinha um significado tão importante que aqueles que retornavam depois de longas viagens primeiro contemplavam a chama perpétua exposta em vários pontos da acrópole, para depois se dirigirem aos seus lares.
Héstia era também a deusa que tinha a chave do Olimpo dada por Zeus. Era responsável por cuidar da cidade sagrada e de lá nunca sair. Por isso, quando uma cidade era fundada, o fogo de Héstia era aceso, para que a localidade fosse protegida das guerras, das doenças e da fome.
A cidade de Olímpia, famosa por sediar os jogos olímpicos na Antiguidade, conserva o templo de Héstia, onde a chama é mantida acesa. De lá também vem o fogo da tocha olímpica, acesa no templo de Hera, esposa de Zeus.