Todos nós, apesar de não nos lembrarmos muito bem, já fomos muito, muito pequenos. Com o passar do tempo, os braços alongam, as pernas espicham, a cabeça aumenta… Estamos crescendo! Você sabe como isso é possível?
Em parte, o crescimento do corpo se deve à ação do hormônio somatotrópico ou hormônio do crescimento (conhecido pela sigla GH, em inglês, Growth Hormone). Produzimos o GH na hipófise, uma glândula bem pequena que fica na parte de baixo do nosso cérebro. Ele entra na corrente sanguínea e estimula a multiplicação das células. Com isso, órgãos e músculos crescem pela ação desse hormônio.
Dois dos principais efeitos do hormônio do crescimento são o alongamento dos ossos e o aumento da massa muscular. É isso mesmo: além de fazer a gente crescer, esse hormônio faz a gente ficar mais forte!
Mas nem todas as crianças crescem da mesma maneira. Por volta dos dez anos de idade, se a criança ainda não atingiu o crescimento esperado, os médicos endocrinologistas (repita esse nome bem rápido agora!) avaliam se é necessário fornecer uma dose adicional do hormônio. Quem não produz hormônio do crescimento suficientemente pode desenvolver o nanismo, com tendência a ficar pequeno para sempre. Já o excesso pode fazer a pessoa crescer demais e parecer um gigante.
O hormônio do crescimento, porém, não é o único responsável no processo de crescimento, existem outros fatores envolvidos. Por isso, o uso do hormônio sempre deve ser acompanhado por um médico especialista no assunto. Afinal de contas, em doses erradas, este hormônio pode trazer problemas sérios à saúde.
(Esta é uma reedição do texto publicado na CHC 267.)