A camada de ozônio, uma barreira natural

No primeiro texto da série especial sobre verão da CHC on-line, você aprendeu que os protetores solares são necessários para evitarmos as conseqüências da exposição excessiva aos raios ultravioleta do Sol. Essa é uma radiação invisível, ou seja, sabemos de sua existência através de seus efeitos, mas o corpo humano não é capaz de senti-la. Então, já que abrir os olhos não adianta, o jeito é tomar cuidado, porque a radiação ultravioleta pode fazer muito mal à nossa saúde!

Se a camada de ozônio não existisse, poderíamos ficar menos tempo no sol sem nos queimarmos

Depois de muitos estudos, os cientistas descobriram que existem três tipos de radiação ou UV, como é conhecida. Os tipos A e B são aqueles que, em excesso, podem prejudicar nossa pele. Já o tipo C é totalmente absorvido pela atmosfera da Terra e, por isso, não chega até nós. A maior preocupação dos médicos é com a radiação UV-B, que pode causar o câncer de pele.

Mas você sabia que, além dos protetores solares, há uma outra espécie de barreira natural contra a radiação ultravioleta do tipo B? Essa barreira existe: é a camada de ozônio. No seu caminho do Sol para a Terra, a radiação UV-B passa pela atmosfera e é enfraquecida quando penetra na camada de ozônio. Ali, parte dessa radiação é absorvida, e ela chega muito mais fraca ao nosso planeta. O ozônio é um gás natural da atmosfera e a tal camada é a região em que grande quantidade desse gás está concentrada. Se essa camada não existisse, a radiação UV-B chegaria a nós com muito mais intensidade, e a gente poderia ficar menos tempo no sol sem se queimar.
Acontece que os avanços da indústria permitem que o homem invente produtos cada vez mais sofisticados. E alguns desses inventos produzem resíduos na forma de gás, que vão para a atmosfera e acabam entrando em choque com os gases naturais. Veja um exemplo: as substâncias químicas usadas para fazer gelo nas geladeiras e nos aparelhos de ar condicionado são chamadas CFC. A sigla representa as substâncias que contêm cloro, o elemento químico que destrói a camada de ozônio.

Muitas pesquisas são feitas para tentar diminuir a quantidade de cloro lançada na atmosfera. Mas os resultados desses trabalhos não são imediatos, ou seja, a destruição da camada de ozônio ainda deve durar muitos anos. Logo, a radiação UV-B deve aumentar no futuro. E, como a radiação UV-B é invisível, é muito importante que ela seja medida para que possamos nos prevenir. Hoje, existem instrumentos (dos mais simples aos mais sofisticados) para medir a camada de ozônio e a radiação ao mesmo tempo. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mantém vários medidores de radiação UV-B em vários pontos do Brasil e em países vizinhos, para estudar seus efeitos. Os pesquisadores estão sempre atentos para avisar a população em caso de necessidade.

Para saber mais: leia o artigo sobre o buraco na camada de ozônio em CHC 28.