Provavelmente, você está lendo este texto na tela de um computador. Como ele é? Portátil, daqueles que podemos guardar numa bolsa? Ou de mesa, com um monitor grande e bonito? Bem, não importa qual é o tamanho do seu computador agora: com certeza, ele é muito menor do que o primeiro computador inventado no mundo.
A primeira geração de computadores, surgida nos anos 1940, era composta por máquinas que ocupavam salas inteiras. No lugar dos microchips atuais, o computador usava válvulas para funcionar. “As válvulas eram grandes e de vidro – parecidas com lâmpadas. Eram frágeis, consumiam muita energia e esquentavam bastante”, conta o físico e engenheiro Geraldo Cernicchiaro, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Quando uma das válvulas parava de funcionar, todos os cálculos feitos pelo computador começavam a dar errado.
Já a segunda geração dos computadores veio com a chegada dos transistores e das placas de circuito impresso. Os transistores realizavam os cálculos antes feitos pelas válvulas, porém eram menores, mais rápidos e consumiam menos energia. Os circuitos impressos – aqueles “caminhos” de cobre que ainda vemos quando abrimos um equipamento eletrônico – substituíram os fios, diminuindo o tamanho das máquinas e facilitando sua montagem.
Com o surgimento dos microchips nos anos 1970, veio uma terceira geração de computadores. Os transistores deram lugar aos circuitos integrados, que aumentaram a quantidade de cálculos que as máquinas podiam fazer. Nessa época, surgiram também os sistemas operacionais, que facilitaram o uso das máquinas, tornando-as mais populares.
O sucesso dos computadores pessoais estimulou a indústria a produzir chips cada vez menores e mais rápidos, além de criar programas mais fáceis de utilizar – eles deram início à quarta geração de computadores.
Hoje, muito mais pessoas têm computadores em casa, para trabalhar, estudar, pesquisar na internet ou simplesmente brincar. Olhando para eles, fica até difícil acreditar que, há poucas décadas, nada disso estava à nossa disposição. E quem sabe o que vem por aí?