Para encontrar e recolher os ossos do Amazonsaurus maranhensis os pesquisadores viveram uma verdadeira aventura. Tudo começou em 1988, quando o paleontólogo Cândido Simões Ferreira, da UFRJ, comandava a equipe que fazia as primeiras escavações no município de Itapecuru-mirim. Mas ninguém imaginava o que estava por vir…
Um dia, após dois anos de buscas, o professor Cândido Ferreira andava pelas escavações quando, de repente, tropeçou em algo. Ele teve então uma surpresa: estava diante de um osso! O achado ajudou os pesquisadores a determinar melhor o local das escavações e abriu caminho para a descoberta dos outros fósseis. Mas se você pensa que tudo ficou fácil, está muito enganado.
O professor Ismar Carvalho, que passou a comandar os trabalhos após a saída de Cândido Ferreira em 1991, conta que, quando chovia, o rio Itapecuru-mirim enchia muito e destruía ou carregava o material que estava sendo retirado do solo. Mas, como diz o ditado, depois da tempestade, vem a bonança. Quando o nível do rio descia, outros fósseis apareciam para recompensar os pesquisadores.
O último osso foi encontrado em 1996. Mas a aventura não terminou por aí. Os cientistas ainda percorreram um longo caminho para descobrir que aqueles fósseis eram do primeiro dinossauro da Amazônia.