Pode ser que você já tenha ouvido falar: o final deste ano de 2013 guarda uma agradável surpresa para quem gosta de observar o céu – a passagem do cometa ISON. A CHC 252, aliás, terá um artigo especial sobre o tema!
Mas, enquanto dezembro não chega para vocês conferirem a nova edição da sua revista favorita, resolvi compartilhar por aqui as últimas notícias relacionadas à passagem do ISON.
Para começo de conversa, o cometa – cujo nome original era C/2012 S1 – foi descoberto em 21 de setembro de 2012 pelos astrônomos russos Artyom Novichonok e Vitali Nevski. Eles conseguiram observá-lo com a ajuda de um telescópio do projeto International Scientific Optical Network (Rede Internacional de Óptica Científica, em inglês) e, por isso, apelidaram o cometa de ISON.
O natural seria que ele fosse chamado “Cometa Novichonok-Nevski”, ou coisa parecida, como acontece com o famoso “Cometa Halley”, que homenageia seu descobridor, Edmond Halley. Mas o caso do ISON é diferente, pois corpos celestes descobertos por meio de equipamentos de um projeto especifico tradicionalmente levam o nome do projeto, e não dos descobridores.
Logo após o anuncio da descoberta do cometa, diversos observatórios divulgaram imagens e informações que mostravam que o corpo já estava lá, ao alcance dos instrumentos, mas ninguém tinha reconhecido que era um cometa. O cálculo da trajetória do ISON mostrava que ele pertencia a um tipo especial de cometas, o dos “rasantes ao Sol”.
Isso quer dizer que ele vai passar muito próximo ao nosso astro-rei. Aliás, pelas características de sua órbita, aqui da Terra vai parecer que o ISON vai cair no Sol!
Depois disso, ninguém sabe direito o que vai acontecer. Ele pode passar pela estrela e sair do outro lado, garantindo um belo espetáculo para os observadores da Terra. Mas também pode ser engolido pelo Sol, ou, ainda, se arrebentar todo antes de chegar lá.
Entre os dias 13 e 14 de novembro, cientistas começaram a observar o que podem ser os sinais da fragmentação do cometa. E aí, quer saber o que vai acontecer? Aguardem meu próximo post!
Atenção!
O ISON já está visível a olho nu para observadores do hemisfério Norte. O cometa pode ser visto em horários próximos ao nascer do Sol.