Atenção, terráqueos: nossa galáxia, a Via Láctea, está em rota de colisão com outra galáxia, chamada Andrômeda. As duas vão se encontrar, mas não se preocupem: só daqui a quatro bilhões de anos.
Os astrônomos já sabem disso há algum tempo, mas queriam entender exatamente o que aconteceria com as duas galáxias após o choque. A partir de novas fotos do telescópio espacial Hubble, cientistas puderam simular o encontro e ver qual seria o futuro do nosso Sistema Solar.
Hoje, Andrômeda está a 2,5 milhões de anos-luz de nós e se aproxima a uma velocidade de 400 mil quilômetros por hora. Quando o choque entre as duas galáxias acontecer, elas vão se cruzar algumas vezes, até se unirem por completo, formando uma nova galáxia.
Confira uma simulação do choque entre as galáxias.
Provavelmente o Sistema Solar não será destruído. Isso será possível porque a distância entre as estrelas que formam as galáxias é tão grande que tem espaço de sobra para elas se cruzarem.
O astrônomo Tony Sohn, do Instituto de Ciência Espacial Telescópica, contou à CHC que a nova galáxia terá a forma de uma esfera – Andrômeda e Via Láctea têm a forma de disco. O tamanho da nova galáxia não pode ser estimado ao certo, mas deve ser pelo menos três vezes maior que o da Via Láctea.
Ela terá, pelo menos, 20 bilhões de estrelas, além das novas, que vão surgir do impacto. “A Via Láctea e Andrômeda têm muito gás e, quando esse gás colide em alta pressão, surgem novas estrelas”, explica Tony.
Num futuro ainda mais distante, outra galáxia poderá se juntar a Andrômeda e a Via Láctea: a Galáxia do Triângulo. É difícil, porém, prever se e quando isso deve acontecer.