Fotografar animais em seu habitat natural não é moleza. Eles se escondem, fogem, não param quietos – ainda mais percebendo a proximidade de um fotógrafo. Por isso, as armadilhas fotográficas, máquinas montadas especialmente para fazer imagens nas florestas, são muito úteis na hora de fazer fotos de bichos selvagens. Elas não precisam de um operador e, quando os animais passam por perto, são ativadas por sensores de calor ou movimento.
Foi fazendo uso de armadilhas fotográficas espalhadas em várias florestas do mundo que a Conservação Internacional conseguiu capturar mais de um milhão de imagens de animais selvagens. O projeto, presente em 14 países, incluindo o Brasil, continua a pleno vapor e já ajudou a desvendar vários segredos da vida na mata.
Tudo começou no Brasil, quando um grupo de pesquisadores decidiu monitorar o Parque Estadual do Rio Doce, maior área de Mata Atlântica de Minas Gerais. O zootecnista Leandro Scoss fez parte do grupo que instalou as armadilhas entre os anos de 2004 e 2008. “As armadilhas fotográficas são instaladas em locais onde a chance de registro é maior, como trilhas, estradas, margens de rios e lagoas, entre outros”, explica.
As primeiras fotografias registraram os animais mais abundantes no Parque do Rio Doce. Espécies mais raras, como o tatu-canastra, a onça-parda e a onça-pintada levaram, em média, 45 dias para serem fotografadas Os resultados foram tão bons que a iniciativa se espalhou por outras áreas de floresta mundo afora.
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Além de impressionantes, as imagens capturadas se tornam também uma grande fonte de informação para pesquisadores. Analisando as fotografias dos animais e do ambiente ao redor, os cientistas podem conhecer melhor o dia a dia da floresta e entender como as espécies de determinada região são afetadas pelas mudanças climáticas ou pelo desmatamento, por exemplo.