Um dia é da caça, outro, do caçador

Na natureza, alguns animais caçam e outros fogem para garantir a sua própria sobrevivência. Não deve ser nada fácil ser um pequeno veado diante de uma onça-pintada, não é mesmo? Mas… trata-se de uma situação natural. Na vida selvagem, há grandes predadores e, consequentemente, presas. Para entender melhor essa relação, vamos tomar um pouco de coragem!

Onça-pintada (Panthera onca)
Foto Freepik

Primeiro, vamos às apresentações: os predadores são seres que se alimentam de outros, enquanto as presas são aqueles seres que servem de alimento para os predadores. A onça-pintada, por exemplo, é uma grande predadora, porque caça e se alimenta de outros animais, como os veados. Já os veados são as presas da onça-pintada, porque são caçados por ela para servirem de alimento. Mas os veados, por sua vez, também buscam outras espécies para se alimentarem, tornando-se, assim, predadores de diversas espécies de plantas.

Existem diversos tipos de predadores. Vamos conhecer alguns:

Predadores verdadeiros

São mestres da caça. Matam suas presas quase imediatamente ao atacá-las – como fazem as onças, os tigres, as águias, os lobos e os ursos. Até mesmo algumas plantas, como as carnívoras, podem ser consideradas predadores verdadeiros, porque conseguem caçar e devorar insetos!

Predadores pastadores

Eles não devoram suas presas de uma só vez. Comem um pouquinho aqui, outro ali. São animais que gostam de mordiscar plantas, como as vacas; ou aqueles pernilongos chatinhos, que adoram sugar nosso sangue durante a noite.

Predadores parasitos

Esses também consomem suas presas – neste caso, seus hospedeiros – de pouquinho em pouquinho. Mas, ao contrário dos parasitas pastadores, atacam poucos indivíduos durante sua vida. Alguns exemplos são o vírus do sarampo e a bactéria da tuberculose, que são invasores minúsculos capazes de causar muitos problemas ao infectarem um organismo.

Predadores parasitoides

Neste grupo estão, principalmente, as vespas. Elas colocam seus ovos dentro de outros insetos ou de aranhas. Quando esses ovos eclodem e saem as larvas, o perigo se apresenta. No começo, a larva não faz muito mal ao inseto hospedeiro. Mas, aos poucos, ela começa a devorá-lo. No final, o pobre inseto morre, porque foi devorado de dentro para fora. Sinistro, não é?!

João Pedro Ocanha Krizek
Departamento de Ensino e História das Ciências e da Matemática
Universidade Federal do ABC