Vamos supor que você seja contratado para investigar a vida de algum animal. Qual seria seu primeiro passo? Procurar pegadas? Ossos? Se você permite que eu dê uma sugestão… Que tal tentar encontrar os excrementos desses animais? É isso mesmo, o cocô!
Por incrível que pareça, as fezes de um animal podem ser ótimas fontes de informação sobre ele. É sério! Ao analisar aquela massa malcheirosa, é possível identificar restos de comida, como carapaças de insetos, pedaços de plantas e ossos dos bichos devorados. Assim, podemos saber o tipo de alimentação que ele tem.
Além disso, o cocô pode dar pistas sobre a saúde e o comportamento do bicho. Exemplo disso é observar de que forma as fezes estão distribuídas num terreno, porque é com elas que muitos animais fazem a marcação de seu território. Em outras palavras, quem passar pela fronteira de cocô… GRRRRRR !!!!
Atualmente, alguns paleontólogos — cientistas que estudam fósseis de animais e vegetais — estão analisando fezes de bichos que já desapareceram da Terra há milhões de anos. Claro que, depois de tanto tempo, esses excrementos ficaram petrificados e, nesse estado, recebem o charmoso nome de coprólitos. Quer maiores detalhes? Então lá vai: para fazer seus estudos, os cientistas fatiam as fezes petrificadas com um lâmina afiada e observam seus pedaços no microscópio.
Aqui no Brasil, já foram encontrados vários coprólitos de diferentes animais, como dinossauros e mamíferos extintos. Eles variam de um a 20 centímetros e têm as mais variadas formas e cores. Agora, abra o olho para não pisar num coprólito! Se encontrar algum por aí, anote o local onde ele está enterrado e avise a um paleontólogo. Acredite, ele vai adorar!
Anna Elise
Eu sabia que faziam pesquisa com coprólitos, porém, não sabia que os cientistasfatiavam ele!
Publicado em 28 de julho de 2018
nao enteressa
oi gostei
Publicado em 1 de dezembro de 2020