Bichos fingidos

Quem nunca fingiu estar dormindo ou passando mal para pregar uma peça em alguém? Não são só os humanos que fazem esse tipo de coisa! Os animais também são ótimos atores, principalmente quando precisam sair de apuros.

Há um tipo de gambá, por exemplo, que se finge de morto quando ameaçado por algum predador – fica imóvel até a ameaça ir embora. Já alguns pássaros, como a tarambola-dourada, têm um comportamento curioso para proteger seus ovos: eles fingem que estão com as asas machucadas quando algum predador se aproxima do ninho. Assim, o predador volta sua atenção para o pássaro doente e deixa os futuros filhotes em paz.

Se sentindo ameaçado pela presença do cachorro, este gambá se fingiu de morto! (foto: Wikimedia Commons / Caleson / <a href=http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.en>CC BY-SA 3.0</a>)

Se sentindo ameaçado pela presença do cachorro, este gambá se fingiu de morto! (foto: Wikimedia Commons / Caleson / CC BY-SA 3.0)

Essas técnicas de pura malandragem já nascem com os animais. “O uso dessas estratégias e o comportamento defensivo já está no DNA do bicho, é algo natural, instintivo”, conta a bióloga Eliane Gonçalves, da Universidade Estadual Paulista.

Como sabemos, os filhos recebem características presentes no DNA dos pais, e é assim que a habilidade de fingir é passada de geração em geração. Ao longo de milhares ou milhões de anos, os gambás e tarambolas-douradas que tinham essa habilidade do fingimento passaram por uma seleção natural, ou seja, sobreviveram por mais tempo do que os que não fingiam. Assim, puderam se reproduzir e passar o dom adiante para seus filhotes. Por isso, a tendência é que grande parte dos animais dessas espécies apresente o mesmo comportamento.

Apesar de ajudar bastante, a estratégia do fingimento não é garantia de segurança. “O fingimento não é um comportamento perfeito”, diz Eliane. “Se um animal que está se fingindo de morto fizer qualquer movimento, o predador percebe e ataca.” Afinal, o predador tem que comer em algum momento!

Além do fingimento, existem outras maneiras usadas pelos bichos para fugir de seus predadores. A camuflagem é uma delas. “Existe um inseto chamado bicho-pau que fica escondido entre os gravetos das árvores exatamente por ser idêntico a esses galhos”, lembra a bióloga.

Quero ver você encontrar o bicho-pau entre esses gravetos. (foto: Glauber Cavalcante/ Flickr / <a href= https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.0>CC BY-NC-SA 2.0</a>)

Quero ver você encontrar o bicho-pau entre esses gravetos. (foto: Glauber Cavalcante/ Flickr / CC BY-NC-SA 2.0)

Outro exemplo interessante é o camaleão, que muda de cor dependendo do ambiente onde se encontra.

E você, conhece outro comportamento que os animais adotam para se proteger?

Matéria publicada em 19.05.2014

COMENTÁRIOS

  • Anna Elise

    A largatixa que solta o rabo e o gambá que solta um cheiro horrível!

    Publicado em 13 de janeiro de 2019 Responder

    • Emilly Rebecka Vieira Santos caraça

      O ísquio quando ela está sendo atacado ele senti e começa a tacar aquela bolinha que espeta a mão

      Publicado em 10 de julho de 2020 Responder

  • Pietra Careaga

    Vocês poderiam me falar qual foi a primeira pergunta que estava no texto de divulgação científica??????? ??????????

    Publicado em 27 de maio de 2020 Responder

  • Pietra Careaga

    Vocês poderiam me falar qual é a primeira pergunta que estava no texto de divulgação científica

    Publicado em 27 de maio de 2020 Responder

  • 3ºANO B

    OLA, PESSOAL DA CHC!
    ESTAMOS NO 3º ANO DO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS DO COLEGIO MAZZARELLO E AMAMOS A MATÉRIA SOBRE OS BICHOS FINGIDOS. QUANDO E ELES FINGEM QUE ESTÃO MORTOS PARA QUE OS PREDADORES NÃO CAÇAM É MUITO INTERESSANTE.
    PARABÉNS REVISTA CHC, ADORAMO ESSA REVISTA E TRABALHAMOS COM ALGUMAS MATÉRIAS EM SALA DE AULA.
    AGORA NOS QUEREMOS SABER MAIS SOBRE OS ANIMAIS QUE SE CLAMUFLAM.
    UM ABRAÇO,
    TURMA DO 3ºANO B

    Publicado em 27 de outubro de 2021 Responder

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Lucas Lucariny

Como bom futuro jornalista, gosto muito de ler, escrever e descobrir coisas novas. Sou fã de séries, filmes, futebol, música boa e, é claro, ciência!

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