Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma


Antoine Lavoisier e a esposa Anne-Marie

A frase do título lhe parece familiar? Pois ela tem a ver com a Química e foi dita pelo químico francês Antoine Laurent de Lavoisier. Fascinado por estudos e descobertas, ele não só revolucionou essa área da ciência como também trabalhou em outros campos do conhecimento.

Mas devemos partir do início! Lavoisier nasceu em Paris, em 1743. Filho de uma família de classe média alta, estudou nas melhores escolas francesas. Formou-se em Direito, mas nunca exerceu a profissão. Fisgado pela Química, tornou-se um grande cientista. Aos 23 anos foi eleito membro da Academia Francesa de Ciências e, por seu talento, logo indicado ao posto de diretor da Administração da Pólvora, um dos comitês da academia.

Mas, em 1768, Lavoisier parecia se afastar do meio científico. Foi trabalhar na Ferme Générale , agência ligada ao governo e responsável pelo recolhimento de impostos. Lavoisier afirmava que seu objetivo na Ferme Générale era conseguir dinheiro para financiar suas pesquisas. Ainda assim, sua ligação com essa empresa considerada corrupta era malvista pela população.

Para Lavoisier, domingo era o melhor dia da semana porque ele podia se dedicar a seus experimentos!

Aos 29 anos, Lavoisier casou-se com Anne-Marie, filha de 13 anos de um dos sócios da Ferme Générale . A esposa do cientista teve um papel importantíssimo nas pesquisas de Lavoisier. Era ela quem traduzia obras científicas do inglês para o francês, acompanhava as experiências do marido, fazia anotações e ilustrações.

Para se dedicar à ciência e ao trabalho, Lavoisier adotava uma rotina diária rigorosa. Acordava às seis horas da manhã e trabalhava em suas pesquisas até as oito. Em seguida, tratava dos negócios da Ferme Générale , da Administração da Pólvora e de outros comitês da Academia Francesa de Ciências. Das sete às dez da noite, voltava a seus estudos. Domingo era o “dia de felicidade”, ocasião em que o cientista fazia seus experimentos.

Em 1789, Lavoisier lançou o Tratado Elementar de Química , obra que seria considerada de grande importância para a ciência (veja ao lado a capa do livro original). Na mesma época, a França passava por um período complicado. As classes mais pobres da população, das quais o governo cobrava impostos, se rebelaram e teve início a Revolução Francesa. A ligação de Lavoisier com a Ferme Générale custou-lhe a vida: ele foi acusado de desvio de dinheiro público e morto na guilhotina em 1794.



Comenta-se que, no dia seguinte à morte de Lavoisier, o famoso matemático Joseph-Louis Lagrange teria dito: “Necessitou-se apenas um instante para cortar sua cabeça, mas, talvez, um século não seja suficiente para produzir outra igual”. Mas o que as experiências químicas de Lavoisier traziam de tão interessante? Vamos conhecê-las!

Leia mais: Introdução | A balança de Lavoisier | O cientista que desvendou o mistério da água

Elisa Martins
Instituto Ciência Hoje/RJ

Matéria publicada em 09.08.2010

COMENTÁRIOS

  • shomer gadol

    A afirmativa de Antoine Lavoisier é falsa!
    O Lavoisier criou a afirmativa e ele afirmou que nada se cria.?
    O Lavoisier afirmou que tudo se transforma e a afirmativa dele não se transformou até o presente.?

    Publicado em 9 de outubro de 2021 Responder

    • Diogo

      Kakak, sei que foi uma brincadeira mas, respondendo sério, diz que nem a frase é dele e sim de Titus Lucrexius Carus.

      Publicado em 1 de maio de 2022 Responder

  • Maurício Façanha

    Dita pelo químico…. Interessante como essa afirmação é repetida por químicos como se fosse verdade…

    Publicado em 13 de maio de 2022 Responder

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Elisa Martins

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