Pela preservação dos cavalos-marinhos

Apesar de não parecerem, eles são peixes. Bonitos, têm a cabeça alongada, nadam com graciosidade e são mestres na camuflagem. Pena que os cavalos-marinhos estejam ameaçados de extinção!

Isso acontece por causa da destruição do seu habitat e da pesca predatória – eles são capturados para serem vendidos secos como peças de decoração ou ainda vivos para ficarem em aquários. Além disso, alguns de seus hábitos também contribuem para que eles sejam mais afetados por essas ameaças.

Por exemplo, sua reprodução é muito especial. Eles são pais super dedicados – leia mais sobre isso na matéria “Paizões da natureza” – e, ao longo da vida, um casal de cavalos-marinhos tem poucos filhotes, o que diminui as chances de algum sobreviver. Apesar de toda proteção, os filhotinhos são presas fáceis para caranguejos e peixes e muitos não chegam à idade adulta.

Outra característica desses animais que os torna ainda mais vulneráveis é o seu nado. Apesar de belo, esse estilo de nadar é, na verdade, um problema para eles, pois sua capacidade de se deslocar é limitada. Assim, os cavalos-marinhos encontram dificuldades na hora de procurar uma nova casa, caso a sua esteja ameaçada.

Por isso, se a gente quiser que esses cavalos continuem a passear pelas águas, é fundamental preservar seu habitat. “É importante cuidar e proteger os ambientes onde vivem os cavalos-marinhos, como, por exemplo, os manguezais e recifes”, explica a pesquisadora Ierecê Rosa, da Universidade Federal da Paraíba.

Outra iniciativa importante é estudar bem esses animais, para conhecê-los melhor e descobrir como ajudá-los. Por fim, você também pode ajudar não comprando cavalos-marinhos secos e pensando muito bem antes de adquirir cavalos-marinhos como peixes ornamentais – eles são exigentes com a comida e com a moradia.

Para saber mais, visite a página do Laboratório de Peixes, Ecologia e Conservação da Universidade Federal da Paraíba (http://www.dse.ufpb.br/lapec/default.htm), que estuda cavalos-marinhos desde 2000. Você pode entrar em contato com os pesquisadores pelo endereço contato.lapec@gmail.com.

Matéria publicada em 06.09.2011

COMENTÁRIOS

  • Anna Elise

    Tomara que os cavalos- marinhos não sejam extintos!

    Publicado em 24 de março de 2019 Responder

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Fernanda Turino

Sempre fui muito curiosa, adorava brincadeiras ao ar livre e acampar (fui até escoteira!). Cresci lendo a CHC e hoje trabalho aqui.

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