Orfanato de rinocerontes

Você pode até achar que um bichão de mais de duas toneladas e que vive na selva africana já nasce sabendo se defender. Mas mesmo esses gigantes da savana precisam de cuidado e proteção, principalmente quando são crianças. Por isso, pesquisadores construíram, na África, o primeiro orfanato de rinocerontes!

Os rinocerontes podem alcançar dois metros de altura e pesar até quatro toneladas. Sua marca registrada é ter um ou dois enormes chifres bem no meio do focinho (Foto: johnmuk / Flickr / CC BY-NC-SA 2.0)

Esses animais são ameaçados pela caça ilegal, o que coloca em risco de extinção várias de suas espécies – você já leu sobre isso aqui na CHC. Por causa da caça, muitos filhotes ficam órfãos e desprotegidos. Então, um grupo de biólogos e voluntários de várias partes do mundo uniu forças para não deixar esses gigantes sumirem do mapa.

No Safári de Conservação Entabeni, na África do Sul, os “pequenos” bebês – que já nascem com 25 quilos, em média, o peso de uma criança de sete anos –, recebem alimento e cuidados especiais até se tornarem adultos. “O objetivo principal de todos é que o rinoceronte volte para a natureza, o que acontece entre dois e três anos de idade”, explica Karen Tendler, coordenadora do orfanato.

Por enquanto, só existe um filhote na instituição. “Ele tem agora cinco meses de idade e está se recuperando muito bem”, conta Karen, que já recebeu o apelido de “mamãe rino” por ter salvado mais de 200 bebês da pesada. Mas ele não é o único a receber cuidados: “Nem todos os órfãos vêm a este orfanato, alguns são monitorados na natureza, de acordo com sua idade, condição e circunstâncias de vida”, completa a pesquisadora.

Rinoceronte com filhote

Um filhote de rinoceronte nasce depois de 17 meses de gestação e precisa mamar até os dois anos de idade (Foto: haiwan42 / Flickr / CC BY-NC-SA 2.0)

O Safári de Conservação Entabeni está ainda em construção e deve ampliar em breve sua capacidade. Até o final deste mês, a instituição pretende abrigar entre 25 e 30 novos filhotes.

Matéria publicada em 11.09.2012

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Camille-Dornelles

Quando criança, gostava de fazer experimentos dentro de casa e explorar o mundo. Hoje, na CHC, me sinto brincando de cientista e trabalhando como jornalista ao mesmo tempo.

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