No rastro dos dinossauros

Buscar informações sobre dinossauros é um verdadeiro trabalho de detetive. Os cientistas vão juntando pistas aqui e ali, até chegarem a conclusões capazes de nos dar uma ideia de como eram esses famosos animais pré-históricos. Os indícios mais óbvios são os fósseis – restos preservados de bichos e outros seres. Mas há também pistas mais sutis, como as pegadas deixadas pelos dinossauros, que têm muito a nos dizer sobre esses animais!

Pegadas de dinossauro

Pegadas de dinossauro fossilizadas no Vale dos Dinossauros, em Sousa, interior da Paraíba. Muitas das marcas preservadas pelas algas foram encontradas no local (Foto: Fabio Colombini)

Encontrar pegadas não é muito fácil, pois dificilmente elas permanecem preservadas por muito tempo. Para fazer o teste, experimente pisar em um terreno de barro, por exemplo. Na hora, seu pé pode até ficar bem marcado na terra, mas, na primeira chuva, a marca desaparece. Imagine, então, qual é a chance de uma pegada de milhões de anos ficar para contar história?

Ao longo do tempo, ficaram preservadas as pegadas deixadas em um tipo bem específico de solo: úmido, mole e maleável na medida certa, como uma espécie de argila. Essas condições permitiram que, depois de seco, o chão continuasse apresentando marcas da passagem dos dinossauros.

Outro fator importante para a preservação das pegadas era a presença de limo, e o segredo para isso está em microrganismos chamados de algas verdes-azuis. “Elas formam grandes colônias, geralmente conectadas por uma substância gelatinosa, que faz com que os grãos de sedimentos fiquem grudados uns aos outros, dificultando sua erosão”, explica Ismar Carvalho, geólogo da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Na pré-história, esses microrganismos estavam presentes em beiras de rios e lagos e se desenvolviam nas pegadas deixadas pelos animais. Ao se multiplicarem, criavam uma espécie de gelatina que impedia que as marcas fossem apagadas pelo vento ou chuva. Assim, elas endureciam e ficavam preservadas por milhares de anos.

Se você achou incrível que organismos microscópicos possam ajudar a descobrir mais sobre os maiores animais que já viveram na Terra, saiba que, além das pegadas de dinossauros, as algas ajudaram a preservar outras pistas sobre o passado do planeta. “Alguns exemplos são marcas de ondas e pingos de chuva”, completa Ismar.

Matéria publicada em 21.08.2013

COMENTÁRIOS

  • Guilherme

    Legal

    Publicado em 29 de abril de 2021 Responder

  • Ana kesia Lima da Silva

    Esse texto e muito interessante

    Publicado em 5 de maio de 2021 Responder

  • Maria eduarda de paula daniel Oliveira

    Super interessante

    Publicado em 5 de maio de 2021 Responder

  • Clara

    Eu gostei

    Publicado em 5 de maio de 2021 Responder

  • leo

    eu adorei

    Publicado em 13 de maio de 2021 Responder

  • Maria Eduarda Souza Martins

    eu achei super. legal e muito
    interessante

    Publicado em 23 de junho de 2021 Responder

  • Pedro Henrique Carvalho Dos Santos

    E muito interessante eu aprendir muito sobre os dinossauros e achei incrivel cada descoberta.

    Publicado em 23 de junho de 2021 Responder

Responder pergunta Cancelar resposta

Fernanda Turino

Sempre fui muito curiosa, adorava brincadeiras ao ar livre e acampar (fui até escoteira!). Cresci lendo a CHC e hoje trabalho aqui.

CONTEÚDO RELACIONADO

Um mergulho com os peixes

Acompanhe o final da aventura de Rex, Diná e Zíper e suas descobertas no fundo do mar.