Macacos na piscina

Chimpanzés, orangotangos e outros hominídeos são atração certa nos zoológicos – e isso porque se parecem muito com os humanos. Podem até ter um jeitão meio desengonçado, mas seguram coisas, coçam a cabeça e até andam de uma maneira parecida com a gente. E nadar como homens e mulheres, será que eles conseguem?

chimpanzé na piscina

Gibões, orangotangos, gorilas e chimpanzés fazem parte dos hominídeos, família de primatas que mais se assemelha aos seres humanos. Diferentemente dos outros primatas, eles não sabem nadar instintivamente e precisam aprender (Foto: Renato Bender e Nicole Bender)

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Berna, na Suíça, resolveu investigar. Eles filmaram o nado de dois macacos e compararam seus movimentos com os de seres humanos e outros animais.

Participaram da pesquisa um chimpanzé e um orangotango, batizados de Cooper e Suryia, que vivem em dois zoológicos americanos. Os resultados foram surpreendentes! Confira algumas imagens:

“A maioria dos animais escolhe o nado estilo ‘cachorrinho’, mas Cooper e Suryia utilizaram somente elementos do nado de peito”, conta o antropólogo Renato Bender, coordenador da pesquisa. “Enquanto o Cooper (o chimpanzé) movimenta as pernas simultaneamente de um modo muito semelhante ao nado de peito de nadadores humanos, o Suryia (orangotango) executa pernada de peito modificada, alternando os movimentos.”

Os animais não passaram por nenhuma aula de natação: simplesmente desenvolveram esta habilidade, cada um por si. “Nossa pesquisa demonstrou que chimpanzés e orangotangos podem aprender a nadar, desde que vivam em condições favoráveis para o aprendizado desta técnica”, explica Renato.

Nisso, eles são também muito parecido com os humanos. “Se não fosse pelo nosso contato frequente com a água – para brincar, tomar banho e lavar roupas – provavelmente não conseguiríamos aprender a nadar com tanta facilidade”, completa o cientista.

Matéria publicada em 12.09.2013

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Camille-Dornelles

Quando criança, gostava de fazer experimentos dentro de casa e explorar o mundo. Hoje, na CHC, me sinto brincando de cientista e trabalhando como jornalista ao mesmo tempo.

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