Júlio Verne, um escritor apaixonado pela ciência

O escritor francês Júlio Verne (1828-1905)

Muitos acreditam que ciência é assunto só de cientistas. Grande engano. Ciência é um tema que pode render ótimas histórias. Júlio Verne que o diga! O escritor francês ‐ que há exatos 100 anos faleceu e, por isso, tem sido lembrado em todo o mundo em 2005 ‐ é considerado um dos pais da ficção científica. Você sabe o que é isso?

“Ficção científica é um gênero literário dedicado a criar mundos fictícios que, de alguma forma, são diferentes do mundo real em que vivem seus autores”, explica Lucia de La Rocque, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz. “Esses mundos inventados, em geral, são mais avançados nas áreas da ciência e da tecnologia. Isso porque a ficção científica se dá ao luxo de inventar coisas mirabolantes, que os cientistas ainda não têm como realizar! Afinal, ela é literatura e pode usar e abusar da imaginação.” Foi o que Júlio Verne fez: em seus livros, criou inventos que, na época, eram impossíveis de produzir!

Nascido em 1828 na cidade portuária de Nantes, na França, Júlio Verne desde criança gostava de observar os navios, o mar e os viajantes. Aos vinte anos, foi estudar direito em Paris. Lá, começou sua carreira literária, com a publicação de algumas peças de teatro. Em 1863, um dos seus contos, Cinco semanas em um balão , teve sucesso ao ser publicado. A partir daí, Júlio Verne passou a se dedicar exclusivamente à escrita.

Com histórias futuristas e muito reais, os livros de Verne tornaram-se populares em todo o mundo. O mais famoso, considerado sua obra-prima, é Vinte mil léguas submarinas, que conta a história do capitão Nemo e seu submarino, Nautilus. Júlio Verne escreveu essa história em 1873, quando não havia tecnologia para construir um submarino! O primeiro veículo desse tipo só foi feito 25 anos após a publicação do texto.

Capa de edições brasileiras de algumas obras de Júlio Verne.

Mas como um escritor poderia saber tanto sobre ciência a ponto de prever diversas invenções que só viriam a se concretizar no futuro? Sem a formação de um cientista e sem a experiência de um viajante, Verne pesquisava bastante antes de escrever suas histórias. Por isso, bolou ficções científicas cheias de detalhes e que pareciam reais. Além disso, conseguiu retratar muito bem a época em que viveu!

Você já ouviu falar na Revolução Industrial, que ocorreu no século 19? Nesse período, sobretudo na Europa, os investimentos em tecnologia ficaram mais intensos e foram construídas as primeiras máquinas industriais. Havia um clima de progresso no ar, que está presente nas histórias fantásticas que Verne escreveu até a década de 1880. A partir daí, nos romances que o autor publicou, encontramos algo bem diferente: uma atmosfera de pessimismo e insegurança, que refletia o clima do final de século na Europa.

Júlio Verne escreveu muito durante toda a vida. Vinte mil léguas submarinas, Viagem ao centro da Terra, A volta ao mundo em oitenta dias e Viagem da Terra à Lua são considerados os livros mais importantes de sua obra. Se você ainda não leu nenhum deles, procure já nas bibliotecas ou livrarias. Ah! E se quiser saber que avanços o autor previu em alguns dos seus livros, clique aqui e fique de queixo caído!

Matéria publicada em 01.06.2010

COMENTÁRIOS

  • Anna Elise

    Ele é um bom exemplo para mim que vou ser escritora quando crescer.

    Publicado em 17 de setembro de 2018 Responder

    • Gui4ano

      Muita calma nessa hora menina

      Publicado em 31 de agosto de 2020 Responder

  • Gui4ano

    Legal mais …********

    Publicado em 31 de agosto de 2020 Responder

  • GuiDaMiró

    JÚLIO VERNE, UM ESCRITOR APAIXONADO PELA CIÊNCIA
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    O escritor francês Júlio Verne (1828-1905)

    Muitos acreditam que ciência é assunto só de cientistas. Grande engano. Ciência é um tema que pode render ótimas histórias. Júlio Verne que o diga! O escritor francês ‐ que há exatos 100 anos faleceu e, por isso, tem sido lembrado em todo o mundo em 2005 ‐ é considerado um dos pais da ficção científica. Você sabe o que é isso?

    “Ficção científica é um gênero literário dedicado a criar mundos fictícios que, de alguma forma, são diferentes do mundo real em que vivem seus autores”, explica Lucia de La Rocque, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz. “Esses mundos inventados, em geral, são mais avançados nas áreas da ciência e da tecnologia. Isso porque a ficção científica se dá ao luxo de inventar coisas mirabolantes, que os cientistas ainda não têm como realizar! Afinal, ela é literatura e pode usar e abusar da imaginação.” Foi o que Júlio Verne fez: em seus livros, criou inventos que, na época, eram impossíveis de produzir!

    Nascido em 1828 na cidade portuária de Nantes, na França, Júlio Verne desde criança gostava de observar os navios, o mar e os viajantes. Aos vinte anos, foi estudar direito em Paris. Lá, começou sua carreira literária, com a publicação de algumas peças de teatro. Em 1863, um dos seus contos, Cinco semanas em um balão , teve sucesso ao ser publicado. A partir daí, Júlio Verne passou a se dedicar exclusivamente à escrita.

    Com histórias futuristas e muito reais, os livros de Verne tornaram-se populares em todo o mundo. O mais famoso, considerado sua obra-prima, é Vinte mil léguas submarinas, que conta a história do capitão Nemo e seu submarino, Nautilus. Júlio Verne escreveu essa história em 1873, quando não havia tecnologia para construir um submarino! O primeiro veículo desse tipo só foi feito 25 anos após a publicação do texto.

    Capa de edições brasileiras de algumas obras de Júlio Verne.

    Mas como um escritor poderia saber tanto sobre ciência a ponto de prever diversas invenções que só viriam a se concretizar no futuro? Sem a formação de um cientista e sem a experiência de um viajante, Verne pesquisava bastante antes de escrever suas histórias. Por isso, bolou ficções científicas cheias de detalhes e que pareciam reais. Além disso, conseguiu retratar muito bem a época em que viveu!

    Você já ouviu falar na Revolução Industrial, que ocorreu no século 19? Nesse período, sobretudo na Europa, os investimentos em tecnologia ficaram mais intensos e foram construídas as primeiras máquinas industriais. Havia um clima de progresso no ar, que está presente nas histórias fantásticas que Verne escreveu até a década de 1880. A partir daí, nos romances que o autor publicou, encontramos algo bem diferente: uma atmosfera de pessimismo e insegurança, que refletia o clima do final de século na Europa.

    Júlio Verne escreveu muito durante toda a vida. Vinte mil léguas submarinas, Viagem ao centro da Terra, A volta ao mundo em oitenta dias e Viagem da Terra à Lua são considerados os livros mais importantes de sua obra. Se você ainda não leu nenhum deles, procure já nas bibliotecas ou livrarias. Ah! E se quiser saber que avanços o autor previu em alguns dos seus livros, clique aqui e fique de queixo caído!

    Publicado em 31 de agosto de 2020 Responder

  • GuiDaMiró

    Cara é Não seguro pq eu entrei meu computador ta falando?

    Publicado em 31 de agosto de 2020 Responder

  • GuiDaMiró

    GuiDaMiró

    Publicado em 31 de agosto de 2020 Responder

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Clara Meirelles

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