Em defesa das aves

No Mato Grosso do Sul, dois projetos estão ensinando a crianças e jovens a importância de se preservar a natureza e, em especial, as aves da região. Com palestras, jogos, aulas e excursões fotográficas, os participantes se aproximam da natureza e garantem um futuro melhor para as aves do Centro-Oeste.

Desde 2011, 70 estudantes de seis a 14 anos moradores de Bonito, no Mato Grosso do Sul, fazem parte do projeto Observadores Mirins da Serra da Bodoquena. Os jovens têm aulas sobre as aves da região, além de aprenderem sobre o funcionamento de câmeras fotográficas e binóculos. Depois, juntam os conhecimentos em passeios para observar e fotografar as aves da região em seu ambiente natural.

Pássaros

À esquerda, o voo do acauã, fotografado por Ademir Martins Palácio, 11 anos. À direita, dois exemplares de tucano-toco, clicados por Lucas Almeida, de 13 anos

Glaucia Seixas, da Fundação Neotrópica do Brasil – instituição que realiza o projeto – explica que, por enquanto, apenas as crianças do Instituto Família Legal participaram do programa. Porém a fundação quer expandir o projeto nos próximos anos, atendendo também a outras crianças da cidade.

Na região do Pantanal, também no Mato Grosso do Sul, o Projeto Papagaio Verdadeiro luta, desde 1997, para que essa ave não corra perigo de desaparecer. Glaucia conta que a captura de filhotes para abastecer o comércio ilegal de animais de estimação e a destruição dos ambientes são as principais ameaças que o papagaio-verdadeiro enfrenta.

Rafael, de cinco anos, participa das atividades do Projeto Papagaio-verdadeiro (Arquivo Projeto Papagaio-verdadeiro/Glaucia Seixas)

Atualmente, o Projeto Papagaio-verdadeiro tem duas áreas de atuação. A primeira é a pesquisa científica, onde os especialistas buscam entender como são os ninhos, áreas de reprodução, hábitos alimentares e outras características ecológicas do animal. A segunda área é a educação para a conservação – ela inclui, por exemplo, atividades junto aos moradores das áreas de estudo e turistas que visitam o Pantanal.

Em 2013, o projeto chegará a escolas públicas rurais de diversos municípios do Pantanal. “Estamos preparando várias atividades para as crianças, entre elas, um teatro de bonecos com uma família papagaios, que vai abordar a questão do tráfico de animais silvestres e a importância de cuidarmos do Pantanal”, comenta Glaucia. Fique de olho!

A Fundação Neotrópica do Brasil conta com o apoio de parceiros como Instituto Oi Futuro, Grupo O Boticário de Proteção à Natureza, SPVS/HSBC, Parque das Aves e Refugio Ecologico Caiman. Para saber como participar dos projetos, entre em contato com a fundação pelo telefone (67) 3255-3462 ou pelo endereço eletrônico neotropical@fundacaoneotropica.org.br.

Matéria publicada em 13.12.2012

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LucasConrado

Já quis ser astronauta, cientista, astrônomo e biólogo. Sempre gostei muito de ler sobre ciência e hoje adoro escrever sobre isso!

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