Um enigma que veio do Egito Antigo

Quem aí já tentou ler um texto escrito em uma língua desconhecida? A sensação é esquisita, não é? Saber que ali há algo dito, mas não conseguir entender… Agora imagine estar diante de uma língua que você não conhece e que ainda tem letras aparentemente indecifráveis! Pois este é o caso dos hieróglifos, linguagem que os egípcios antigos utilizavam para registro de sua história. Com o fim da civilização do Egito Antigo, não sobrou ninguém que soubesse ler hieróglifos. Imagine, então, como os estudiosos deviam ficar curiosos! Já haviam sido encontrados vários documentos, objetos e até túmulos com sinais que eles sabiam conter varias informações sobre a vida no Egito Antigo, mas ninguém sabia seus significados.

Você consegue imaginar o que está escrito aí? Durante décadas, os cientistas também não faziam a menor ideia (foto: Eisabeth Skene/Creative Commons).

Tudo mudou com a descoberta da Pedra da Roseta, um dos achados mais importantes de todos os tempos. Ela foi descoberta em 1799 por uma expedição do imperador francês Napoleão Bonaparte, que pretendia conquistar o Egito. A Pedra da Roseta é um bloco de pedra com três colunas de texto escrito em três línguas diferentes: grego, hieróglifo e demótico (uma espécie de hieróglifo simplificado, usado no dia a dia).

A Pedra de Roseta, em exposição no Museu Britânico (foto: Hans Hillewaert/Creative Commons).

Imediatamente, os estudiosos perceberam que estavam diante de uma tradução, e que, se conseguissem ler o texto em grego, conseguiriam descobrir o significado dos hieróglifos! Sabe como é cientista quando se vê diante de um desafio, não é? Imagine, então, quando este desafio envolve um segredo de 1400 anos e, ainda mais, uma competição entre quem seria o primeiro a conseguir realizar a façanha!

A corrida pela tradução da Pedra da Roseta começou imediatamente, mesmo depois que ela mudou de mãos e foi parar com os ingleses. Estudiosos ingleses e franceses se debruçavam sobre os textos dia apos dia, mas o trabalho era lento. E muito difícil. Finalmente, mais de vinte anos depois da descoberta, os hieróglifos começaram a ser decifrados. Virou moda estudar a língua dos antigos egípcios, e até D. Pedro II, imperador do Brasil, viajou até o Egito para estudar e trazer múmias para o Rio de Janeiro.


Que tal tentar você mesmo se aventurar pelos segredos dos hieróglifos? A Pedra da Roseta está hoje exposta no Museu Britânico de Londres. É um pouco longe, mas você pode conhecê-la visitando a página na internet do museu. Se viver no Rio de Janeiro, também pode conhecer as maravilhas da coleção egípcia do Museu Nacional. É um ótimo programa para as férias!

Matéria publicada em 31.12.2010

COMENTÁRIOS

  • Anna Elise

    Uau,essa pedra era muito misteriosa mesmo!

    Publicado em 25 de agosto de 2018 Responder

  • pedro

    legal

    Publicado em 13 de agosto de 2020 Responder

  • Alice

    Muito interessante!,estou vendo isso para um trabalho de escola.Essa parte da historia e interessante mesmo!

    Publicado em 29 de agosto de 2023 Responder

  • Enzo de Oliveira Reis

    Eu gostei muito de aprender isso .

    Publicado em 18 de setembro de 2023 Responder

  • Ana clara

    Essa pedra é muito misteriosa!!!!!

    Publicado em 19 de setembro de 2023 Responder

  • Beatriz

    Esse texto foi muito bom para ler!
    Agora eu consigo ter uma visão mais ampliada dos egípcios! 🙂

    Publicado em 24 de setembro de 2023 Responder

  • Vinicius

    LEGAL♤♡◇♧☆

    Publicado em 25 de setembro de 2023 Responder

  • marquinho do grau

    gostei da pedra

    Publicado em 27 de setembro de 2023 Responder

  • Nicolas Pinheiro

    Que legal

    Publicado em 16 de outubro de 2023 Responder

  • Arthur Gabriel Lopes Evangelista

    A história da Pedra Roseta é muito legal

    Publicado em 17 de outubro de 2023 Responder

  • Mateus

    muito misteriosa mesmo 😮 uauuu

    Publicado em 26 de outubro de 2023 Responder

  • Gato shake

    Amei aliás estou estudando sobre esse assunto.

    Publicado em 26 de outubro de 2023 Responder

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Keila Grinberg

Quando criança, gostava de visitar a Biblioteca Nacional, colecionar jornais antigos e ouvir histórias da época de seus avós. Não deu outra: hoje é historiadora e escreve para a coluna Máquina do tempo.

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