Química que colore o céu

Você, que está grande o bastante para ficar acordado até tarde, já deve ter visto pessoalmente (ou pela televisão) a queima de fogos que acontece durante a festa de ano novo. Após o assobio inconfundível, acontece um estouro e o céu é tomado por chamas das mais variadas cores: azul, vermelho, verde, dourado…

Fogos de artifício

Os fogos de artifício foram inventados pelos chineses entre os anos 600 e 900 de nossa era. Mas foi na Itália do século 19 que eles ganharam cores e efeitos luminosos (Foto: tsuacctnt / Flickr)

Os fogos de artifício foram inventados pelos chineses entre os anos 600 e 900 de nossa era. Os primeiros fogos eram feitos de tubos de bambu preenchido com pólvora negra – uma mistura de nitrato de potássio, carvão e enxofre. Eles explodiam no solo, provocando um grande estrondo.

Logo depois, os tubos de bambu foram substituídos por tubos de papel, mas foram necessários quase duzentos anos para os chineses aprenderem a lançar as cargas explosivas no ar e fazer com que elas estourassem no céu.

A pólvora foi introduzida na Europa no século 12, por diplomatas, exploradores e missionários franciscanos, e logo os fogos de artifício também passaram a ser apreciados nesse continente. Na Inglaterra, a primeira queima de fogos ocorreu em 1486, para comemorar o dia do casamento do Rei Henrique VII.

Apesar de produzirem espetáculos grandiosos e belos, os fogos daquela época ainda não apresentavam a variedade de cores e efeitos que vemos hoje. Foram os italianos que começaram, partir de 1830, a incorporar pequenas quantidades de metais e outras substâncias para aumentar o brilho e variar a cor dos fogos de artifício, além de criar efeitos de faíscas e explosões de luz.

Preparação dos fogos de artifício.

A bomba colocada no interior dos fogos de artifício aéreos é a parte responsável pelos efeitos luminosos e de cores (Foto: Wikimedia Commons)

Os fogos aéreos atuais são formados por um tubo de papelão reforçado com um pavio na lateral. O tubo é preenchido com pólvora negra e, por cima, fica uma bomba com um outro pavio. No interior da bomba coloca-se mais pólvora e sais de diferentes metais para produzir efeitos luminosos e de cores.

Quando o pavio lateral é acesso, a pólvora negra entra em combustão e os gases gerados no interior do tubo atiram a bomba para cima, fazendo com que ela chegue a dezena de metros de altura. Na explosão, o pavio da bomba é aceso (seu comprimento é calculado para que a bomba exploda quando atingir a altura máxima). Durante a explosão, os sais metálicos são atirados em todas as direções, produzindo os efeitos luminosos.

Fogos de artifício coloridos

As cores são emitidas quando determinados metais são aquecidos, e cada um dos elementos adicionados aos fogos de artifício produz uma cor diferente. Por exemplo, o elemento bário libera luz verde; o sódio, amarela. Já a cor púrpura é emitida por uma mistura dos elementos estrôncio e lítio (Foto: Wikimedia Commons)

Qualquer festa fica mais animada e bonita com os fogos de artifício, não é? Mas, apesar de produzirem belos efeitos visuais, os fogos são muito perigosos. Por isso, nada querer soltá-los sozinho – deixe isso para os adultos e aprecie o espetáculo.

(Publicada originalmente em 16 de dezembro de 2011)

Matéria publicada em 30.12.2016

COMENTÁRIOS

  • Ilma marques

    O que autor desejava pesquisar descobrir ou estudar com relação ao assunto?

    Publicado em 3 de maio de 2021 Responder

  • Ilma marques

    Qual é importância deste estudo?

    Publicado em 3 de maio de 2021 Responder

  • Ilma marques

    O que Joab pretendia alcançar com o estudo ou pesquisa realizada .

    Publicado em 3 de maio de 2021 Responder

  • Ilma marques

    Quais estratégicas de pesquisa podem ter sido utilizadas para a escrita desta reportagem..

    Publicado em 3 de maio de 2021 Responder

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Joab Trajano Silva

Desde criança, o autor da coluna No laboratório do Sr. Q pensava em ser biólogo. Mas, enquanto cursava a faculdade, descobriu que precisava de conhecimentos químicos para entender como os seres vivos funcionam. Juntou as duas coisas e foi ser bioquímico.

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