Quero saber…

…o que é micose de pele?

Ilustração Jaca

Pergunte aos fungos! Quer dizer, não diretamente… Os fungos são os responsáveis pela micose. Eles são organismos muito pequenos, e alguns  vivem em equilíbrio na nossa pele. O problema é quando se multiplicam demais. Aí, podem causar doenças, como a micose. Ela pode causar coceira, descamação e vermelhidão na pele, entre outros problemas. A intensidade e o tipo de micose podem variar. Os nomes também! A chamada micose de praia, ou pitiríase versicolor, é uma das infecções de pele causada por fungos. Ela deixa manchas claras ou escuras na pele. Outra de nome engraçado é o “sapinho”, que pode causar manchas brancas na boca, em dobras, unhas das mãos ou genitálias. Em outros casos, os fungos entram na nossa pele após contato com terra, outras pessoas doentes ou animais. É o caso das chamadas dermatofitoses.

Sempre que houver algum sinal ou ferida nova na pele, mostre a um adulto que cuide de você. Ele poderá perceber se é preciso ir ao médico. No caso, ao dermatologista, que é o médico que cuida da pele. Algumas micoses coçam, outras doem, e algumas nem têm sintomas! Mas todas elas têm tratamento. Geralmente, são doenças que podem ser evitadas. Algumas medidas são: usar calçados adequados ao andar na rua, lavar-se após brincar na terra ou na areia, secar-se bem e não ficar com roupa de banho molhada após sair da praia ou da piscina!

Elisa Martins,
jornalista

Dayvison Francis Saraiva Freitas,
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz

…por que há tantas plantas exóticas em nossas cidades?

Quando faz aquele calorão, buscamos logo a sombra de uma árvore com muitos ramos e galhos. Uma bem comum é a amendoeira. Ela tem outros nomes pelo Brasil: chapéu-de-sol, castanholeira, castanhola, castanheira, sete-copas, guarda-chuva, chapéu-de-praia… ufa! Sabia que essa espécie de tantos nomes não é nativa do Brasil? Ela foi trazida da Ásia ou de Madagascar, talvez pelos primeiros navegadores que, séculos atrás, faziam essa rota pelo oceano Índico. Lá também faz muito calor, e essa árvore se adaptou tão bem ao nosso clima que parece que esteve sempre aqui em nossos biomas.

Se olharmos à nossa volta e formos pequisar, descobriremos que muitas árvores e plantas usadas na paisagem das nossas cidades foram trazidas de fora. Elas acabaram se tornando comuns por aqui porque são resistentes, e se adaptaram bem ao clima tropical. É assim com a nossa amiga amendoeira, e com um montão de outras plantas como o jambeiro, o marmeleiro, o abricó-da-praia, o cajá…

Algumas espécies de plantas se adaptam tão bem, mas tão bem a um novo território que acabam virando praga. É o caso das casuarinas, que se alastram tão facilmente que ameaçam o crescimento das plantas nativas. Por isso, temos de ser cautelosos ao escolher uma árvore para plantarmos na frente de casa. Que tal escolher um ipê-amarelo, por exemplo? Além de brasileiro, ele não quebra as calçadas e ainda embeleza as cidades com suas lindas flores.

Salvatore Siciliano
Laboratório de Biodiversidade,
Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz

…o que podemos fazer para preservar os animais aquáticos?

Ilustração Jaca

Podemos começar preservando a casa desses animais: a água! Como? Evitando a contaminação de rios e mares. Um dos grandes problemas para os animais aquáticos é a poluição. Resíduos sólidos, como plásticos, por exemplo, não são nada bons para eles. Os plásticos demoram séculos para se decompor, e os animais muitas vezes os confundem com alimento, podendo até morrer se os ingerirem. Uma forma de impedir esse tipo de tragédia é sempre descartar o lixo de forma adequada, separando os itens para a coleta seletiva.

Será que há outras maneiras de ajudar os animais aquáticos? Sim! Podemos trocar produtos do dia a dia, como xampus, condicionadores e materiais de limpeza, por outros menos tóxicos, com menos conservantes (substâncias químicas que fazem o produto durar mais tempo). Na hora de lavar a louça, por exemplo, podemos usar detergentes com menos fosfato. Essa substância pode causar problemas ambientais, porque a água suja com o detergente acaba sendo levada para os rios e oceanos, e o excesso de fosfato pode incentivar o crescimento de algas que acabam diminuindo o oxigênio na água. O resultado? Os animais aquáticos podem morrer por sufocamento!

Que tal organizar um mutirão de limpeza de praias na sua cidade? Você e seus amigos podem recolher o lixo da areia e descartá-lo de maneira sustentável! Assim, menos sujeira será levada pela água, e haverá menos risco à saúde dos animais aquáticos!

Rachel Ann Hauser-Davis
Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz

Matéria publicada em 04.02.2020

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