Maria Bonita

Ela abandonou sua vida na fazenda e fugiu com Lampião, o maior cangaceiro do Brasil

Maria Gomes de Oliveira nasceu em 1911, na fazenda de seus pais, que ficava na fronteira entre os estados da Bahia e do Sergipe. A vida de Maria Déa, como era chamada pelos familiares, foi bastante intensa. Aos 15 anos, ela se casou com um primo, José Miguel da Silva, mas era muito infeliz no casamento e vivia brigada com o marido. Durante uma dessas brigas, ela passou um tempo na casa dos pais, ocasião em que conheceu Virgulino Ferreira da Silva – também chamado Lampião, ou “rei do cangaço”, líder do mais famoso bando de cangaceiros do Brasil.

O cangaço foi um movimento que se destacou no sertão nordestino, entre o final do século 19 e a primeira metade do século 20. Bandos de pessoas armadas se organizavam para saquear fazendas, comércios e dar um jeito de fugir das autoridades. Mas por
que faziam isso?

Naquela época, a realidade dos povos sertanejos era ainda mais dura.

Foto Benjamin Abrahão Botto,1936/Wikipédia

Sem leis que regulamentassem o trabalho, os “coronéis”, como eram chamados os donos das terras, exploravam sem piedade seus funcionários, que trabalhavam em condições que muito se aproximavam da escravidão. Naquela situação, sem leis para combater a pobreza e a fome, o cangaço parecia uma alternativa de vida. E até hoje esse movimento divide opiniões: para uns, os cangaceiros eram justiceiros revolucionários; para outros, eram bandidos sanguinários.

 


Robertha Triches
Professora do Departamento de História do Colégio Pedro II
Doutora pela Universidade Federal Fluminense

Sou professora de História e adoro falar sobre as personalidades que marcaram o Brasil de outras épocas!

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