Jardineiras da floresta

As antas plantam árvores e podem ajudar no reflorestamento, fazendo… cocô!

Quando uma área perde sua vegetação nativa, deixa de existir ali não só uma grande variedade de plantas, mas também de animais, fungos e micro-organismos. Dizemos, então, que a biodiversidade diminuiu. Uma plantação de soja, uma pastagem, ou um bairro cheio de ruas e casas têm muito menos biodiversidade do que as florestas, brejos e campos naturais que um dia existiram em seu lugar.

Proibir o desmatamento em determinadas áreas é uma das formas que países do mundo inteiro encontraram para garantir a conservação de parte da natureza e sua biodiversidade. Mas, não é a única. O reflorestamento usando espécies nativas (que existiam naturalmente naquela região) também é uma alternativa. Assim, com o passar dos anos, uma área degradada pode dar lugar, por exemplo, a uma bela floresta, como a Floresta da Tijuca, plantada mais de 150 anos atrás.

Na natureza, há animais que, sem saber, plantam árvores. Muitos deles comem frutos e engolem suas sementes inteiras, que depois são liberadas no meio das fezes. Ao caírem em um local com condições adequadas, as sementes podem germinar e novas plantinhas nascem! Várias espécies de aves e mamíferos, por exemplo, são “dispersores de sementes”, isto é, as espalham pelo seu habitat quando fazem cocô. Quanto maior o bicho, maiores as sementes que ele consegue dispersar. E, aqui no Brasil, nesse quesito ninguém ganha das antas!

 

Cocô de anta.
Foto: “Casa da Floresta ” casadafloresta.com.br

Henrique Caldeira Costa,
Departamento de Biologia Animal
Universidade Federal de Viçosa

Sou biólogo e muito curioso. Desde criança tenho interesse especial em pesquisar os seres vivos, especialmente o mundo animal. Vamos fazer descobertas incríveis aqui!

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